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Minha mãe querida, tanta
saudade...
Momentos idos...
Memórias frágeis.
Minha mãe querida, a
mãe imagem,
A mãe exemplo, mesmo
que tarde...
Teu coração, agora
apagado, a alma
Desalojada, tua fé
desempenhada,
Teu alento a alentar
amarguras...
Que passamento de
vida é ternura.
Em nosso findo
desalento guardo
No peito alvura de
pedir que cosa,
Não a roupa tão rota,
mas a alma
De nós, desaprendidos
de orar.
Há de cumprir-se o
carma
Proferido por tua
doce alma.
À natimorta Gabriele
Minha neta.
Esta súplica é por
ti, menininha,
Tem a sua feição, me
parece,
Que não pode dizer a
que vinha,
Na afeição que
terias, se viesse.
Este dia é para ti,
menininha,
Que, sem tempo, um
nome dissesse.
Nos longes, assim,
não comezinha,
Tua alma lesta se
expresse.
Não há claro ou
escuro que afete
Sua forma de anjo,
vibrante,
Do oráculo, do feto,
essa messe.
Esta minha oração,
essa prece,
Não é por teres ido
tão antes,
Mas, porque vieste.
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