À menina que cansou de
sofrer de viver:
A visita que não se
espera, por amarga,
O momento que não erra, por
estático,
A paixão que se encerra nesse
ato...
Morrer é assim viajar, um
tanto saudade,
Outro tanto a lamentar a oclusão
do fato.
Partir em partes, despedindo
do que vai...
Assim como o corte de
cabelo, da barba,
A troca da vestimenta por
outra banhada,
Surgir do nada, um soluço
sentido,
Um respirar assentido deixa
ir e ficar.
A visita mais esperada toma
assento,
Aceita um chá, o que resta
do amor
Que foi difícil angariar, veio
te convidar,
Com teu rancor que promete
acalmar
Na hora deixada à dor apenas
o ar...
A visita que não espera
assim amarga,
É o momento que encerra as
dúvidas
De como seria abandonar à
carcaça
As estrovengas da vida...
A visita que agora esperas...
Tens a mesa
Posta como Bandeira a
teria, cada coisa
Em seu lugar, a cama, a
mesa, a quinta,
À hora de se abastar da fome
extinta?
A hora crepuscular... Na
manhazinha...
A visita que não se
espera, por amarga,
O momento que não erra, por
estático,
A paixão que se encerra nesse
ato...
Sergiodonadio.blogspot.com
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