Almejos
Não almejo ver Deus,
pois
Que abstrato, de meu
olhar
Ignaro das porções
ambíguas,
Concreto tato.
Mas almejo senti-lo
No êxtase do enfermo,
No que mais se
aproxima
Dele, no momento
aflito,
No calor da terra que
piso,
Quando se mostra mais
amigo.
Não o temo no ato
contrito,
Mas o respeito de
fato nisso.
Não almejo Deus no
paraíso,
Mas no torrão
ressequido
De corações partidos,
perdidos
Entre o podre e o
probo;
No estio das
criancinhas,
No desespero da mãe,
No desconsolo do pai,
Aí peço à mão em que
creio,
Que, forte,
levanta-me fraco.
Que faz o cabisbaixo
arrepanhar
Os olhos para
aflições outras,
E põe a todos no
mesmo colo.
lindo poema! Parabéns! Feliz domingo!
ResponderExcluirLino poema! Parabéns! Feliz domingo!
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