Apenas caminhemos
Os ausentes se fazem
presentes.
Agora todos estão aqui.
-Onde estavam quando
Nos quandos amanhecidos
frios,
Importados cruéis?
As horas silenciosas são
preciosas
Para perceber a
necessidade
Da felicidade...
Não desperdicem momentos
felizes,
Eles são tão poucos...
Não vale a pena cancelar
viagem
Pela estiagem das
verbas...
Não vale a pena prorrogar
o riso
Pela lágrima momentânea...
No quando todos estão
presentes
Não vale a pena somar
ausentes.
Apenas caminhemos...
Apenas caminhemos...
Ranhuras
Dos enganos cometidos
Em nome das paixões
Um relevante é dizer-se
Da implosão a explosão...
Nada explode um coração
Espinafrado,
Implode uma mente
Em frangalhos...
Põe-se à dentro o
sentimento
Guardado por timidez
Antes não dito ao verso
No momento oportuno.
Põe-se adentro a raiva,
Quietada pela
comiseração...
Talvez ranhura...
Engano bem maior
Que a soltura do palavrão
Não esperado.
Dos enganos cometidos
O silêncio não é perdoado.
Não desperdicem os dias
felizes,
Eles são tão poucos...
Os ausentes se fazem
presentes
Nessas horas
silenciosas...
Agora todos estão aqui.
Onde estou quando?
Nos quandos somados cruéis
Dos momentos pesados
Eles fogem, escondem-se
Nas faturas vencíveis
De cada promontória
lida...
Na escala dessas esquinas
A vida apronta.
A vida é alguma benesse
Ou é afronta?
À espera dessas vidas
conflitantes
No grito do nascer o que
mais erra?
O útero, o ovo, o bulbo, a
hera?
Qual deles seria a
primeira fera?
Todas as vezes a mesma luz
Fosforescendo ideias...
Talvez por medo das
mariposas
Que rodeiam esses planos,
Mas sonho guiar-me por ela
E ir-me... Todas as vezes,
Até que venha acontecer de
ir.
No Arrependimento,
Como faz para retornar
Ao antes de ter sido?
O olho da providência
O olho no altar,
Emoldurado por um
triângulo,
Olha que tudo vê, e
corrige...
E expia a dor solitária
Do crente.
Expiemos a nossa, do não
crente,
Feito sofrer o outro...
O olho em guerra?
0 0lho de Hórus,
Alquimia egípcia para os
infortúnios
Do além...
Divisando a lua e sol,
O etéreo do concreto,
O feminino do masculino...
Expiemos o feito conter o
outro
No olho da paz.
Terra de Canaã
No balcão da juventude
Vendem-se as alegrias...
A ironia é poder
Mas não saber desse poder
Enquanto jovem...
De pular cordas, oceanos,
morros,
Saltitando sobre as
derrotas,
Desdenhando das ofertas.
Depois tudo se encarece,
Do prazer
À dor do prazer,
Até só ficar a dor
A merecer atenção.
Daí, o balcão da juventude
Encerrou as promissões
Ofertadas ontem.
Sergiodonadio.blogspot.com
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