Dos solares
A luz impregna os meios,
Estamos a confabular
esteios
De outra forma, senão
virgem.
Apenas a florada em meio
À turba que invade e
arrepia,
O tempo de procura te
procura,
Caminheiros juntos nesse
leito
Entre as queimadas
verdadeiras
E aquela à que estou
aceiro
No dia que termina inda no
meio.
Receoso cultivo esse
receio
De que as folhas mortas
invertam
A nova primavera
A queimada das razões
arrasa
O anseio de sermos em vão
Parceiros do que não veio.
Das tantas almas em que
A vida é feita sorte
Quero deixar para outro
Pensar a morte.
Vendo o que fazem
Com o que lhes é dado
Concluo que cada um
É seu próprio carrasco...
As almas simples
Fazem do resto
Rostos...
Consignes
Do livro enlevos
Os anjos da noite esperam
Que durmam as vontades
E a sono solto abrem-se
Em planos de felicidade...
O medo faz com que
Não nos vejamos um no
outro,
Mas somos de mesma
Identidade...
Nascidos já desmamamos
Logrando fios de idades...
Se a finalidade foi
conquistada,
Por que a abandonamos
A esses anjos da maldade?
Supridas vossas vontades,
Geridas outras vontades,
Feridas as necessidades...
Vendo o que fazem
Com o que lhes é dado
Concluo - Que cada um
É seu próprio carrasco...
Dentro dessa maldade.
Sergiodonadio.blogspot.com
São teus olhos
Aos teus olhos
Meu rosto amadurece...
Façamos nosso mundo
Desses momentos...
Sem pressa no entendimento
De que somos pares,
Somos partes,
Somos ímpares nos cantares
De nossos ninhos,
Aninhados somos dois
Ambos num só
De imediato.
Bem aqui
Quando
Você deixar de partir
Encontrará teu lugar
De ficar.
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