Ensolvado
Como se fosse este o momento
Subimos
A rampa do Palácio
Perscrutando respostas
Ao não perguntado.
Como se fosse este o aviso
Deixamos correr lágrimas
Sentidas quentes, salgadas,
Entre sorrisos
Gastos.
Como se fosse solúvel a calma
Ensolvemos as paradas
Entre a fé na parição
E a preocupação
Com os atos.
Absolvições
Procuramos amar as coisas
Feias
Como se elas necessitassem
mais
De nosso amor.
Procuramos compensar
Nossos pecados
De usura e transcendência,
Que não estão nas listas,
Afagando o ego
Dessas coisas feias das
tardes,
Como a correria de fluidos
Para algum outro lugar,
Que não este, onde as coisas
Parecem ser o que são.
Procuramos amar o feio
Porque assim afagamos nossa
Necessidade de ser
Absolvidos.
Alienados
De sua cadeira
Em frente à grade de proteção
O senhor se previne da rua...
Estamos preocupados
Com os pequenos ladrões...
Enquanto os maiores passam
E voam em suas ocupações.
Estamos preocupados com
portões
Enquanto nos invadem pelo
som.
Estamos preocupados com
minúcias
Enquanto nos abalam a fé
Em tantas disputas.
A usurpação é maior
Que a carteira afanada ontem,
Mas não podemos fazer nada,
E nos conformamos
Em prender meninos famintos
De algo mais que arroz e
feijão.
Estaríamos preocupados com a
alienação?
Sergiodonadio.blogspot.com
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