Se
estou vivo 1976
Se
não ouvir de mim
Que
estou vivo, então
Que
faço ouvir lamúrias
Dos
passantes suplicantes?
Se
nem explicar-me posso,
De
que vale sentir poesia
Nas
coisas mortas?
Da
jabuticabeira seca,
Do
lenho de seus galhos
Farei
bela fogueira...
Mas,
Nunca
amansará a fome
Por
jabuticabas...
Desse
meu resto de poesia
Em
má formação
Terei
somente lenha seca
Na
fome por expressão
Que
me comeria entranhas...
Aqueço
os pés frios
Nesta
coberta morna
Mas
estarei pela aí
A
procura de jabuticabas
Novas.
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