Leitura lenta
Cada dia um momento de
espera...
O que virá agora pela
porta aberta
À aventura?
Releio Bukowski tentando
entender
Seu desabafo escatológico
Nas noites vadias das
pensões,
Cortiços,
Bares sujos, putas sujas,
Eventos... Eventos...
Algo em torno disso é que
espelha
A profusão de ideias
canhestras
Desse gênio...
Vomitadas a esmo pelas
folhas soltas
Dessas tardes mofas...
Cada momento é mais um
dia...
O que espera a fantasia?
Temos uma aurora
barulhenta
Aos ouvidos dormidos das
noites
Relevando palavrões e
revelando
Açoites aos costumes
vadios
Das vadias...
À paz
A paz, enfim conseguida,
Traz uma planura de
intentos
Amontoados nos dias lentos
De agora... Somos dores
nas juntas...
Talvez na consciência,
Sei lá quantas haveremos de
cumprir
E aceitar... Daqui em
diante o quintal
Torna-se maior, pequeno
que era,
A calçada tropeça na rótula,
Os carros são mais velozes
E menos cuidadosos ante
A perna troncha dos ‘terceiridados”.
Toda a pressa da
juvenilidade
Atropela projetos, invade
o espaço
Denominado privativo,
Vago para idosos...
Mal acabados sair das timoratas
De um trabalho penoso
efeito,
Para recriar gerações
novas
Para velhos sonhos
Desfeitos...
Sergiodonadio.blogspot.com
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