domingo, 17 de maio de 2015



Serenim


É perceptível
O desconforto
De certas pessoas
Que frequentam os saraus
Por se verem compungidas
Pelo convite oficial.
Divirto-me observando
E sabendo
Que o fazem comigo
Nas cerimônias de gala...
Em que estou deslocado
De convívios...













Estamos a rever o caos


Estamos a rever o caos...
Todas as vezes navegamos
Águas turbulentas...
Falhas tectônicas explodem vilas
 E estradas, viadutos, pessoas...
Todas as águas de uma vez só
Afogando até mesmo anfíbios...
Acostumados a bebê-las
Aos turbilhoes...

O caos está a nos rever...
Passados os desconfortos
Voltamos,
A buscar nossos haveres,
Sobrou aqui e ali caldeiras acesas,
Umas panelas vazias...
Umas cadeiras emborcadas,
Uma camas desfeitas...
Uma manada de pessoas
Perdidas...





Frígidos


A mão do morto está fria...
Enfim
Está fria a mão,
A mão que suava frio
Enquanto viva
Agora fria não sua
Nem se abana
Em dar adeus às pessoas
Que enlaçava antes...
As coisas frias
Estão todas mortas...
As pessoas frias morreram
Antes
De morrer suas mãos...











Se possível for


Se preciso for
Estaremos juntos hoje.
Se possível for
Estaremos unidos amanhã.
As considerações são necessárias
Para a conivência de ideias
Para a convivência de corpos...
Ah... A manipulação dos corpos
Pelas ideias...
A manipulação das ideias
Pelo sentimento...
Coração ou tesão
Levam à adulteração da razão
Frente ao corpo, macio,
Quente, reteso pela emoção
Tesão ou o que seja
A provocar a adrenalina
E suar...
A conivência é necessária
Para a junção da possibilidade
Da precisão de juntar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário