Do
livro 14 versos 500 sonetos
Pelos
caminhos do sábado
Se
vai à feira de roubados,
Se
vai às coxas das meninas,
Se
sabe que a semana foi-se
Pelos
últimos carregadores
Um
burburinho de festas
De
lixos e de mochilas,
De
cheiros de manga doce e
O
amargo das bebidas.
Pelos
caminhos do sábado
Se
proclamam as aleluias
Na
preparação do domingo
Pelos
pecados do sábado
As
igrejas se locupletam
Já
que o sábado é findo.
Altares
A lua cheia açula
A
cadela no cio,
Um
vaso podrido
Recende
à flor...
O
velho esculpidor
De
altares volta,
Por
um momento
A
vida se refaz.
Na
escureza da noite
O
cão que marcava
Posses,
enamora-se
Há
nova floração no
Altar
desconstruído
Pela
fereza humana.
A
fino traço
Desenho
sob a peia
Uma
serena planura,
Com
até flores nareia
Onde
plantara secura.
Das
ondas realinho
A
expressão futura
No
telhado amarelinho
Donde
a lenha esfuma,
Assim
é que a fino traço
Vejo
surgir passo a passo
As
cores sem amargura
Pintor
de fina pintura
Envereda
na fartura
O
que antes fora escasso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário