Quando pergunto
a precisão do dia
O dia responde em eco:
Quando... Quando...
Quando em sol a noite se faria...
Já faz-me parte essa alegoria
De um dia ser-me tarde
Sendo eu já um novo dia,
E dá em mim a paz que não sabia
Em ter passado o tempo
Que o dia não passaria.
Dia findo... Dia lindo.
Depois, amanhã,
Será diferente, como foi
o hoje do ontem...
A rua era extensão da casa
Quando em criança nela se brincava...
Agora a casa é extensão da rua,
Quando criança já não brinca, invade.
Será preciso mais um tempo
Para perceber todos os sóis,
Da manhã do nascituro
À tarde do moribundo.
Como pode o canto decantar o tempo
Se o tempo manda que o canto cale
Quando ao tempo apraz silêncio?
Aqui estamos nós,
Sobreviventes de Waterloo?
-Não... Do último assalto,
No cenário pobre do Senado.
A terra reciclou-se
Extinguindo os dinossauros.
E vai outra vez reciclar-se
Extinguindo homo otários.
Reja minha caminhada
Pelos sonhos
Que a realidade é pobre
E aos tombos...
sergiodonadio.blogspot.com
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