Continuo procurando
Vida dentro do sonho,
Que meu sonho cabe
Em duas vidas vividas...
A infância
É a parte mais doída,
Que é quando se consegue
Chorar a vida...
Mastodonte
Caminhando de leve...
É assim o passo
Desta lebre...
A paz é quase sempre
Algo guerreado
Febrilmente...
Tenho a casa
Como um puxadinho
Da rua toda,
Em que habito.
Não é interessante como
Se perde tempo
Mastigando planos?
O vento que passa
Despedaça,
Da velha cumeeira
Fica a carcaça...
A mesma mão
Que abate o leão
Afaga o chorão
No cemitério
Reina a calma...
Que ali mora a cinza,
Não a alma.
Quando penso conhecer meu corpo
Eis que ele forma um novo corpo, doído
Das friagens, das picadas, das obras passadas,
Agora acordado para fazer-se sentir vivo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário