do livro cenários
Cenário um
Eu quero sorrir aos mortos,
Eu quero cochichar meu sorriso
Que os mortos entendem
Um sorriso cochichado.
Eu quero sentir a paz dos mortos,
E ser sorridente como os ossos
De uma caveira exposta,
Onde o passarinho cisca...
E morreu duma pedrada.
O passarinho só cantava,
E morreu duma pedrada!
O vietnamita plantava arroz,
E morreu duma pedrada!
O sul-americano tocava guitarra,
E morreu duma pedrada!
Eu quero sorrir aos mortos
Enquanto não levo pedrada...
No cochilo, lá vem pedra,
Me resguardo, me escondo...
Cenário dois
O mundo está louco!
Desse mundo louco só vem pedrada!
Federico Garcia Lorca estava poetando,
E levou pedrada!
Eu vou fechar carranca
Para esta cidade de pedra na mão,
E vou sorrir aos mortos,
Sem ganhar ou perder,
Que os mortos se acalmam de vez.
Ainda serei apedrejado
Pela ação de ir e vir, sem regras?
Não tem importância,
O importante é ir e vir, sem regras.
A regra na mulher menstruada
Fê-la sensibilizada
De levar pedrada...
Levanto a fome para a casa adoidada,
Escorrendo sangue pela entrada
Chorando qualquer pedrada
Vinda do nada...
Do nada!
sergiodonadio.blogspot.com
Eu quero cochichar meu sorriso
Que os mortos entendem
Um sorriso cochichado.
Eu quero sentir a paz dos mortos,
E ser sorridente como os ossos
De uma caveira exposta,
Onde o passarinho cisca...
E morreu duma pedrada.
O passarinho só cantava,
E morreu duma pedrada!
O vietnamita plantava arroz,
E morreu duma pedrada!
O sul-americano tocava guitarra,
E morreu duma pedrada!
Eu quero sorrir aos mortos
Enquanto não levo pedrada...
No cochilo, lá vem pedra,
Me resguardo, me escondo...
Cenário dois
O mundo está louco!
Desse mundo louco só vem pedrada!
Federico Garcia Lorca estava poetando,
E levou pedrada!
Eu vou fechar carranca
Para esta cidade de pedra na mão,
E vou sorrir aos mortos,
Sem ganhar ou perder,
Que os mortos se acalmam de vez.
Ainda serei apedrejado
Pela ação de ir e vir, sem regras?
Não tem importância,
O importante é ir e vir, sem regras.
A regra na mulher menstruada
Fê-la sensibilizada
De levar pedrada...
Levanto a fome para a casa adoidada,
Escorrendo sangue pela entrada
Chorando qualquer pedrada
Vinda do nada...
Do nada!
sergiodonadio.blogspot.com
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