Cenário final
Amanhã será novo dia,
Quem sabe a tarde seja
ainda
Uma manhã nevoenta, quando
vier...
Quem sabe esteja morna,
quando vier.
Penso nas frases solta que
reservo
Para quando vier.
O dia nascerá da penumbra
Nesse canto vespertino,
À espera das sombras
levantarem-se,
Das fontes límpidas
retornarem
Dos sentimentos criança...
Das coisas úteis,
esquecidas na lida,
Como a paz de viver de eu
menino,
Frente à infantilidade do
adulto...
Quem sabe, as fulaninhas,
Quem sabe as águas das
fontes,
As cercas derrubadas...
As pedradas... As
pedradas...
Indo embora na fumaça do
perdão
Enfim chegado, entendido
ser,
Posto à mão.
Cenário em festa
Distribuo sorrisos,
Não me vejo otário,
Não vivo o paraíso do
inocente
Nem o inferno do
descrente...
Reflito sobre cada ato
falho,
Respondo cada um
premente...
Aqui me calo novamente
Frente à veracidade desse
atalho:
Não somos planta pronta,
Somos sementes...
Amanhã será novo dia!
Quem sabe possa ainda
sorrir
Essa alegria de somar
dados
E dar conta do fiz de
errado...
Sorrir talvez da própria
alegria
Da malícia de parecer
otário
Na vivência que te faz a
mim
Parecer idílico... Ovário
Desse próximo grito: Estou
vivo!
Mesmo calado...
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