As
manias de correr
Concorrem
Com
a preguiça de sair
Do
óvulo...
Dobraduras
A
emoção é tão bonita quando
Exprimiri-se-a
em letras sobre a areia,
Sobre
a grama molhada pelo sereno,
Sob
a sacada curva de uma laje...
Nossas
mentes passeiam por essas imagens
deixadas fluir do nada
Entre
as palavras guardadas e os pios
Das
manhãs enevoadas...
Pequenos
seres bebendo nas fontes
Sem
pensar que elas farão rios
E
descerão para os grandes mares...
E
voltarão a serem nuvens,
Numa
próxima manhã voltarão
Às
sacadas e poças num chão prateado
Pela
aparição das gotadas névoas...
E
a emoção será tão bonita outra vez
Nesses
vitrais com seus pequenos
Seres
voltando a ser.
Ramos
nus
Esses
ramos nus
Do
inverno
Nos
dizem o que
Não
queremos saber...
Que,
gélidos,
Desarticulados,
Encolheremos-nos
Para
sobreviver...
Esses
ramos nus
Mostram verdades
Sobre
as próximas
Estações...
Esperam
pelo florir
Da
primavera,
Enfrentam
o outono
Ainda
melhor.
É
que não sabemos
Desfolhar
a espera...
Esperar...
Que passe
A
dor do frio
Em
nós.
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