segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Valores cívicos Democraticamente. O governo no interesse do cidadão, de todos, independente do tipo de governo, deve ser gerido pela soberana vontade do povo, isto é, da res pública “coisa pública”, que os romanos implantaram 500 anos antes de Cristo, com a deposição do rei, para ouvir o povo, a democracia Estamos falando de anos de história, como fora esta noite a hora da verdade. Pode ser, mas aprendemos com a vivência que as horas das verdades são tantas... Desmemoriados, retornamos aos nossos pensamentos antigos, ou velhos, ou desatualizados... Sei lá como relembrar isto, mas a verdade é que sua hora é esta, sempre. Posso estar sendo saudosista, ou utopista, mas já vivemos tempos melhores ou é apenas ilusão de ótica? Sempre que termina a festa da inleição, como diria Pompilio, a preocupação é com as notas contraditórias dos camaristas. “Os vereadores são eleitos juntamente com o prefeito de um município, no qual os primeiros têm a função de discutir as questões locais e fiscalizar o ato do Executivo Municipal com relação à administração e gastos do orçamento. Eles devem trabalhar em função da melhoria da qualidade de vida da população, elaborando leis, recebendo o povo, atendendo às reivindicações, desempenhando a função de mediador entre os habitantes e o prefeito, da Lei Orgânica do Município”. Bonito, não? Então, que diabo é esta movimentação para criar maioria na Câmara?! Temos 15 representantes lá, cada um tem seu favorito eleito para tal ação, ou não? Desde a posse desses, precisamos cobrar que trabalhem para nós, povo! Quando o prefeito mandar projetos para eles, vamos pressionar. Se bom, os vereadores para aprovar, se ruim, o prefeito para não prosseguir com tal pleito. O que precisamos, pragmaticamente, para nossa cidade? Cada cidadão tem seu projeto de cidade melhor. Como cidadão, tenho o meu, que nem chega a ser um projeto, mas, digamos, uma visão: Melhorar. Melhorar as condições de tráfego de nossas vias públicas. Tapando buracos? Não, implantando material de primeira para sedimentar o asfalto de nossas ruas. (Uma idéia, nas ruas onde o asfalto cobre antigos calçamentos de paralelepípedos, retirar esta casca, que as pedras absorvem a água e não cedem tão fácil quanto). Melhorar as condições dos pontos de circular. Tapando buracos? Não, criando coberturas e fechamentos para nossos passageiros se protegerem do vento e da chuva e do sol... Melhorar o terminal, ou melhor, ativar a antiga estação rodoviária para tal, como anteriormente concebida. Exigir cumprimento de horário dos ônibus, já que os passageiros têm os seus. Melhorar a condição de nossas escolas. Tapando buracos? Não... cobrando trabalho de certas diretorias, que desmazelam suas funções. Fazendo ver que há certas escolas que funcionam bem, outras que nem mal funcionam. Ativar postos de saúde. Tapando buracos? Não! Fazendo certos profissionais cumprir o contratado, com médicos atendendo parcimoniosamente, como fariam em seus consultórios particulares, e não apenas cumprindo aquela horinha da manhã, olhando às vezes com desdém o paciente a sua frente. Com atendentes fiscalizados para atender. Com enfermeiros conscientizados de seu lavoro. É claro que não generalizo, senão, seria o caos. Mas temos casos abundantemente testemunhados de tal apreço. Não cabe aqui tudo o que penso... mas penso que, pragmaticamente, o senhor prefeito nem precisa de aprovação, mas só de fiscalização dos camaristas, nas coisas corriqueiras de nossas cidades. E os senhores camaristas, de nossa fiscalização para aprovação, ou não, de seus atos e desatos em nosso nome. Atentem: em nosso nome! Utopia? Não, apenas a constatação de que nosso Município tem uma das maiores rendas do Estado. Então, por que não usufruir benemeritamente disso?
Ser ou não querer Seríamos isto: Audazes sonhadores Do que é vivido dia a dia, Esquecido para sonhar mais alto O amanhã? Seríamos Talvez os perdedores Das palavras chance e ocasião, Que, separadamente fazem O intuito da razão.
inspiração Em silêncio escuto A voz que vem de dentro, Âmago do sentimento... Paz de algum alento. Apenas isto, no silêncio, A voz ditando palavras Para meu entendimento.
dúvidas Não há como argüir O fim das promessas ditas válidas Neste tom de festa... Amanhã... Quem sabe, uma outra conversa Será editada dessas frases desconexas, Por estarem fora do contexto. Quem brilha enquanto brilha a festa Depois o aconchego será Apenas, para alguns, a sombra desta. Outros terão de marchar as pedras, Descalços dessa aresta. Não há como argüir O fim das promessas ditas válidas Neste tom de festa.
Por de vidas A manhã amanhecendo Não faz mais do que o ser humano Em nascendo... Apenas um dia, uma vida, Seres que passam desapercebidos Nessa esfera de tempos Reviventes. Não mais que um dia a cada vida, Em minutos repartido. Assim, se pondo este sol em nós, Como o dia hoje, amanhã Seremos revividos.
Olhar de raiva do desconhecido Dentro do coração É sombria noite... Paixão de uma vez Ter renascido... Se for para viver Sem sentido, Invejar os mortos Por ter morrido. Assim passa aquele Profetizando a farsa De implorar a atenção Ao seu pranto... Mas o memento Sofrido não perdoa... Não vira morte a vida Assim à toa.
Olhar de raiva do desconhecido Dentro do coração É sombria noite... Paixão de uma vez Ter renascido... Se for para viver Sem sentido, Invejar os mortos Por ter morrido. Assim passa aquele Profetizando a farsa De implorar a atenção Ao seu pranto... Mas o memento Sofrido não perdoa... Não vira morte a vida Assim à toa.
guizos Alguém pode tentar viver Com isso de zombar o guizo, Mas a frustração de ter vivido As dores sem lato sentido São maiores que o sonho Antes concebido. A água passando sob a ponte, Não retorna à antiga fonte, Assim como as fases de amor... Ou ódio, à dor de tê-los vivido, Ou à forma de sorrir Enviesado pela fome. A água, o fogo, a névoa fria Que povoa pensamentos Não retornam, apenas pousam, Passantes sob esta ponte De vítreos acontecimentos, Sem memória.
parcimonioso Na parca fé pela qual me esfolo Vejo-os santos, deuses apócrifos, Apenas procurando decorar nomes Entre as estátuas expostas... Aqui não me reconheço crente Nas palavras desses profetas, Proféticos anunciantes dessa carga De valores minorados nas ofertas... Santos desses tempos de santificar Até mesmo arcanjos do lugar, Entre demônios expulsos dessa fé Que não compreende temas de falhar. Falhamos todos quando cegamente Enumeramos as farpas de orar Sem a fé precisa para saber Se é sonho ou vida, Ou duvidas peremptoriamente Do parecer de alguém mais, Esquecido de morrer antes De pecar?
Percepções As marcas do tempo vivido Cicatrizam mas não somem, Como as marcas das chibatas Devidas ao fato que domem... As noites dos tempos doridos Envilecem mas não dormem Enquanto o saber fizer sentido Entre o macho e o homem. Assim velamos nossos corpos Que açulam, mas não morrem Entre os desmaios das dores. Uma espera a ser compensada Pelas manhãs de frio e calores Entre o berço e o terço agora
Frios na espinha O medo anda pelo corpo, Dói a espinha dorsal, Tremem as mãos, Esfria a testa resignada de suar frio, Estático, espero a transição Para pavor ou calma. Sigo adiante, passo a passo Pela sala, pelo tapete enrugado Tropeçando nos meus passos Vesgos De procurar o interruptor. Da luz? Da esbarra.
check-up O sonho parece realidade... Estava voando novos ares Quando a nau do sonho abate. Caio em mim Não sabendo discernir a falha Nesta lida de correr atrás Do tempo perdido, visualizado Em check-up. Aqui somamos pormenores De fatos irrelevantes, boatos, Itinerantes ruídos apáticos De carros passando ao largo, Avisando que O sonho parecido realidade Esvai-se no mar de novos ares Quando a nau me abate.
chinfrinada Aqui estamos, Eu e essa hora desmedida, Aprontando O reinicio da lida. Uma estranha sensação de afortunados Com tal delícia, Usar do momento abençoado E seguir alisando Sentimentos hostis, Por quase nada.
emolumentos A noite vem, devagar, Soprando seu vento frio... De noite, Espairecendo sentimentos, Pensamentos, emolumentos... A noite vem devagar Divagando recordações Deixando ficar No esquecimento O que a noite não traz Para o momento.
véus O mundo é menor Do que lhe parece, Olhas ao por do sol Horizontes vastos... Se olhar a criança Ao seu pé à vista Do tempo levado Por ti vivido, daí Então o mundo Ficará menor aos Horizontes claros Do teu sentido. Poderás enxergar Sobre horizontes Um véu dos dias Amanhecidos...
Doídas versões da verdade Às vezes a palavra conforma, Outras vezes irrita, mesmo doces... Assim é a vida comunitária, Azedam-se relações por quase nada, Mas são nadas que se repetem E se avolumam... se avolumam... Até que explodam, inusitadas. Das doces companhias restam Poucas saudades, uma ou outra alegria... O resto é enfadonha companhia. Mas somos gregários, Chateamos nossos pares Até que nos chateiem suas formas De conviver, coniventes. Mas, a palavra que desmorona Às vezes conforta os conformes De uma vivência coletiva, Por demais ativa, desativa. Esconde-se, morigere lasciva, Prenhe de outras palavras Decisivas.