sexta-feira, 23 de setembro de 2022

 À espera pela esperança

 

Quando se for, irá sozinho,

Deixará coisas e pessoas

Resguardadas na saudade...

Não queira permanecer,

Sendo cinza e alma...

(Qual sobreviverá?)

A foto daquele fato?

O fato desse retrato?

Quando se for vá inteiro,

Alma e cinza no cinzeiro...

 

SERGIODONADIO

sábado, 17 de setembro de 2022

 Cambé


Embora minha cidade natal
Esteja a poucos quilómetros,
Ela está distante de mim,
Como está a capital
e outros afins...
Somos mandados viver nossos dias
Apressadamente
Entre desvalores de cada mente...
Somos deixados nesse cesto
De frutos que apodrentam
Sem amadurecer...
Pequenos enganos nos acompanham
A cada passo não dado
Nesse desaprender de passados...
Assim viramos décadas de vidas,
Letrados ou iletrados,
Tentando descrever fatos vividos,
Que não existem mais...
A memória os apaga
por se tornarem desimportantes
Nas tarefas de lembrar,
Lembrar como fôramos felizes
Em nossos dias simples,
Como não são mais...
Companheiros se apagam
Neste labirinto de trilhas idas
Num conversor de necessidades
Em desnecessidades banais.

sergiodonadio