quinta-feira, 5 de setembro de 2013



                           O Hino Nacional Brasileiro
O poema proclama: 1“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante e o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da Pátria nesse instante” com ênfase ao brado do brasileiro pela liberdade. 2 “Se o penhor desta igualdade conseguimos conquistar com braço forte, em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte!” deixa claro que não foi mansa. 3 o estribilho que ainda hoje vibra: “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!” conclama para o patriotismo, muito avivado à época. 4 “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança à terra desce, se em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do cruzeiro resplandece.” Este céu emociona a cada vez cantado junto ao poeta. 5 “Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso, e o teu futuro espelha essa grandeza” alguém duvida? 6 “Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada! 7 “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!” 8 “Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo, fulguras, ó Brasil, florão da América,iluminado ao sol do novo mundo!”a beleza é visualizar este cenário ainda hoje. 9 “Do que a terra mais garrida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores; nossos bosques têm mais vida, nossa vida no teu seio mais amores” hoje vemos tão garrida é essa terra... 10 “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!”11 “Brasil, de amor eterno seja símbolo o lábaro que ostentas estrelado, e diga o verde-louro dessa flâmula: Paz no futuro e glória no passado”12 “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adora, a própria morte” para pensar...13 “Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada!”14 “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!”Alguém duvida? Uma poesia cheia de exclamações, tão necessárias... Quem não o ame, que se retire.
Um dos quatro símbolos oficiais da República, tem música de Francisco Manuel da Silva. compositor, maestro, composta em 1822 chamada de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país. A letra de Joaquim Osório Duque Estrada poeta ensaísta, membro da Academia Brasileira de Letras feita em 1909. Foi adquirida por cinco contos de réis em 22  pelo presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700 de 1971. A música, bastante popular durante anos, recebeu duas letras. A primeira, quando Dom Pedro I abdicou do trono, de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, cantada com a execução do hino, no cais do Largo do Paço, atual Praça 15, a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia: “Os bronzes da tirania/Já no Brasil não rouquejam;/Os monstros que o escravizavam/Já entre nós não vicejam”. No segundo reinado, era executado nas solenidades oficiais, sem a letra. Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino. A letra vencedora não foi aceita pelo público: "Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!..." seria oficializada como Hino da Proclamação da República, e a música original, continuou como hino oficial. em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 22. A partir de 2009, o hino tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país, ao menos uma vez por semana.


                                                          Cipriano de que?...
Dizem que um povo que não tem memória não tem futuro. Deixando de lado as novidades, quase sempre brutais, quero memorizar o grande brasileiro Cipriano José Barata de Almeida (*1762 +1838) um herói até pela longevidade. Filósofo, médico cirurgião, jornalista, bateu duro nas instituições governamentais da época, e por isso viveu boa parte da existência aprisionado por todo o país. Já em 1798 participou da conjuração baiana, dos “alfaiates” mais marcante do que a inconfidência mineira, por seus propósitos e pela repressão sofrida, onde meia centena de pessoas foram degredadas ou condenadas à morte, algumas esquartejadas. Cipriano, com seu jornal “Sentinela da liberdade” opôs-se veementemente ao governo pregando a igualdade social e racial, como o fim da escravatura, a extinção de privilégios, o livre comércio e outras “barbaridades” que o levaram à prisão por tantas vezes, mas que não abalaram suas convicções. Chegando ao ápice quando, preso em Fortaleza de Santa Cruz, negou-se a falar com Dom Pedro, que o procurara, dando-lhe as costas acintosamente em sua cela. Em 1821 foi eleito deputado junto à Corte de Lisboa, onde defendeu com seu nacionalismo, a independência do Brasil e do povo brasileiro. Proclamada em 1822, foi preso, calado pela repressão de 1823 a 1830. Solto voltou à imprensa publicando periódicos de oposição à política reinante. Em 1836 abandonou o jornalismo e a política.
Sabe o que isso tem de atual?  Os levantes dessa gama de heróis foram contra abusos das autoridades, aumentos de impostos, disparidade entre classes, privilégios aos políticos e outras regras arbitrárias.  Foi a primeira revolução social brasileira e morreram tantos para que tivéssemos  justiça social... Que não temos!
Sabe o isso tem de atualíssimo?  As pessoas presas e realmente castigadas foram as mais humildes. Os “revolucionários” de projeção ou foram absolvidos ou nem foram presos!
E sabe o que mais dói? É que as pessoas do cunho de Cipriano Barata foram escondidas nos tapetes da história. Pergunte aos estudantes...


Cansaços


O cansaço da procura
É apenas um vácuo
Nas esperas...
Há de se penar a dor
Dos músculos tencionados
Quando se cansa antes
De tê-lo encontrado.

O cansaço da procura
Pode ser a demora
Em encontrar-se...
Daí as fomes se avolumam,
A miséria dos viveres
Apresenta-se lépida
E uma espera pelo não
É a última oferta.


Muda


Num instante
Abrem-se portas
Para o desconhecido...
Saber-se lido é mais um susto
Entre os outros sustos,
Os de antes saber-se esquecido.
As normas para enturmar-se
É o riso... Embora a face enrugue
Um outro sentimento mítico,
De ter-se a raiva como livro...
Relido e trelido entre papéis
Amarelecidos.


Aos deuses momentâneos


O deus imperceptível das intempéries
Recria o medo aos vendavais, ao granizo,
Na dobra dos coqueiros e dos homens
Lenhadores, marinheiros, viajores...

Passa despercebido o momento de pavor
De cada mente acossada pelos tempos
De chuva ou seca, de lavra ou colheita.
Sempre o medo a espreitar as manhãs...

Este deus orado nos assobios do vento
Transmite o medo aos descrentes natos
Pela falta que lhes faz a benção diária.

É hora então de agradecer o fato letal,
A vida continua nos galhos quebrados
E nas campas dos assentados novos...