domingo, 13 de maio de 2012
Os que não estão mortos
Os que não estão mortos
Estão se pensando vivos.
Estranha visão de caminhadas...
Varreduras aos atos
plenos de mágoas,
tudo revendo valores
dos que morreram antes.
Os que não estão mortos
Votam nos inescrupulosos,
Vale a pena batalhar
Nesse brejo, encalhados
Nele como carros vesgos?
É que, enquanto vivos,
Propensos ao erro.
Os que estão mortos
Traduzem olhos chorosos
Com preces, na pressa de
Somar-se aos vivos aqui,
Entre desviados erros
E verdades oriundas
Deles, outra vez vedados.
Os que não estão mortos
Os que não estão mortos
Estão se pensando vivos.
Estranha visão de caminhadas...
Varreduras aos atos
plenos de mágoas,
tudo revendo valores
dos que morreram antes.
Os que não estão mortos
Votam nos inescrupulosos,
Vale a pena batalhar
Nesse brejo, encalhados
Nele como carros vesgos?
É que, enquanto vivos,
Propensos ao erro.
Os que estão mortos
Traduzem olhos chorosos
Com preces, na pressa de
Somar-se aos vivos aqui,
Entre desviados erros
E verdades oriundas
Deles, outra vez vedados.
relembra mentos
O tempo diria
Que afrouxei...
É que fazia tudo fácil uma vez,
Uma vez passada a infância
Regulei a adolescência
Pelos atos desata
dos
De um nó hiato.
Depois... o hoje,
Vagarosamente caminhado
Sobre pernas bambas e
Pensamentos no passado...
Assim somos sempre,
Capazes de lembrar e
Mentir
Esquecimento.
azuis
Quando tudo parece azul
Eis que levanta algum
Vermelho,
Pequena memória
Dos tempos difíceis
De antes...
Seria fácil esquecer?
Mas o sol,
O sol ilumina
Tal incerteza e
Clareia a idéia de ceder
Ao esquecimento...
Simples assim?
Não, apenas factível
Na longa espera
Pela solução
De outrem... Quando
Tudo estava azul.
estética
Preenchendo de carne
Os ossos brancos,
as faces dos crânios,
Os pés descalços...
Para que esta cirurgia
Tão plástica?
O invólucro
Mereja a escondida dor
Da carne
Entre dedos ágeis e
Malfadados intentos
Frágeis.
Uma mente sofrendo
A decisão dos errados,
Como fora antes
Manipulado.
Quem pode costurar
Esta fissura?
Messiânico
Palavras ditas ao vento
Surpreendendo multidões
De ouvidos desatentos...
Assim a história conta estórias
De outros tempos...
Passado sem limites de espera,
Apenas a inglória morte
Dos soldados, dos escravos,
Dos construtores de pirâmides
Malfadadas ao limite
Das forças desumanas.
Palavras... Palavras...
Apenas discursivo motivo
Para entreter a polis
Nos templos daquele tempo...
De hoje, de amanhã...
Seremos sempre desavisados
Desses messias barulhentos...
Cantores e faladores
De novo tempo,
Surpreendendo multidões
De ouvidos desatentos.
Marca de giz
O silêncio deste homem
O faz perdoado porque
A alma daquele homem
Absorve a de seu corpo,
Extenuado, mas ainda
À procura do brilho do
Mesmo diamante que
Em infância procurava.
Na ingenuidade pesou
Seus pecados, a dor de
Dedos tortos estresia as
De seu caráter arruado.
O seu silêncio é defesa
Do medo de ser cobrado
Como fora seu parceiro,
Seu passado.
olhas secas
As folhas fazem a história
De todas as plantas,
de verdes promessas,
Até que um dia, numa manhã,
Apodreçam.
Depois seremos iguais...
Folhas secas voando
Acumulando-se
Nos fundos dos quintais.
Marca de giz
O silêncio deste homem
O faz perdoado porque
A alma daquele homem
Absorve a de seu corpo,
Extenuado, mas ainda
À procura do brilho do
Mesmo diamante que
Em infância procurava.
Na ingenuidade pesou
Seus pecados, a dor de
Dedos tortos estresia as
De seu caráter arruado.
O seu silêncio é defesa
Do medo de ser cobrado
Como fora seu parceiro,
Seu passado.
Messiânico
Palavras ditas ao vento
Surpreendendo multidões
De ouvidos desatentos...
Assim a história conta estórias
De outros tempos...
Passado sem limites de espera,
Apenas a inglória morte
Dos soldados, dos escravos,
Dos construtores de pirâmides
Malfadadas ao limite
Das forças desumanas.
Palavras... Palavras...
Apenas discursivo motivo
Para entreter a polis
Nos templos daquele tempo...
De hoje, de amanhã...
Seremos sempre desavisados
Desses messias barulhentos...
Cantores e faladores
De novo tempo,
Surpreendendo multidões
De ouvidos desatentos.
estética
Preenchendo de carne
Os ossos brancos,
as faces dos crânios,
Os pés descalços...
Para que esta cirurgia
Tão plástica?
O invólucro
Mereja a escondida dor
Da carne
Entre dedos ágeis e
Malfadados intentos
Frágeis.
Uma mente sofrendo
A decisão dos errados,
Como fora antes
Manipulado.
Quem pode costurar
Esta fissura?
azuis
Quando tudo parece azul
Eis que levanta algum
Vermelho,
Pequena memória
Dos tempos difíceis
De antes...
Seria fácil esquecer?
Mas o sol,
O sol ilumina
Tal incerteza e
Clareia a idéia de ceder
Ao esquecimento...
Simples assim?
Não, apenas factível
Na longa espera
Pela solução
De outrem... Quando
Tudo estava azul.
relembra mentos
O tempo diria
Que afrouxei...
É que fazia tudo fácil uma vez,
Uma vez passada a infância
Regulei a adolescência
Pelos atos desatados
De um nó hiato.
Depois... o hoje,
Vagarosamente caminhado
Sobre pernas bambas e
Pensamentos no passado...
Assim somos sempre,
Capazes de lembrar e
Mentir
Esquecimento.
Os que não estão mortos
Os que não estão mortos
Estão se pensando vivos.
Estranha visão de caminhadas...
Varreduras aos atos
plenos de mágoas,
tudo revendo valores
dos que morreram antes.
Os que não estão mortos
Votam nos inescrupulosos,
Vale a pena batalhar
Nesse brejo, encalhados
Nele como carros vesgos?
É que, enquanto vivos,
Propensos ao erro.
Os que estão mortos
Traduzem olhos chorosos
Com preces, na pressa de
Somar-se aos vivos aqui,
Entre desviados erros
E verdades oriundas
Deles, outra vez vedados.
oratório
Este deus que pregam na Tv
Não é o meu Deus,
O que batalha comigo
Minhas indecisões
E aprova minhas derrotas
Quando merecidas
E minhas vitórias na
História da vida.
Esta é minha alma decidida
Que não está no discurso
Dos livros ecumênicos.
Apenas carrego no peito,
invisível,
O mesmo dilema
De não estar sozinho
Na solidão dos termos.
As similaridades
Estive, de visita, em uma cidade do Estado, fiquei impressionado com a precariedade das ruas, esburacadas, sujas, com falha na iluminação dos postes, com as lixeiras quebradas, com os famosos orelhões estraçalhados, com obras inacabadas, de outras gestões, abandonadas em desserviço aos usuários, notei que as árvores estavam podadas irregularmente, obedecendo uma estranha fantasmagórica ordem de cortes avessos sob a fiação elétrica, decepadas em seu interior e desbragadas nas laterais, invadindo outros espaços, cobrindo a visão das placas de sinalização, isto nas poucas existentes, na maioria das calçadas só havia um tufo de ervas daninhas sobre os troncos cortados rente ao chão, que um dia foram frondosos, (talvez um tsunami não teria feito tanto estrago permanente). As calçadas de antigamente erodidas pelas cicatrizes das companhias de água, luz, telefone, e o escambal, que impiedosamente perfuraram pedras ornamentais e arremataram com cimento bruto, tão bruto que deixaram a impressão de propositadamente esculhambados, para ser refeitos por quem se sentir lesado. Fui procurar o cartório para resgatar um documento de um parente, recepcionado por um funcionário sem aptidão, ou vontade, ou preguiça enfadonha de cumprir o horário de braços cruzados sobre sua estabilidade, passou para uma outra moça, que discutia como iria vestir-se para um casamento vindouro, e ficou olhando-me como se esperasse que eu desistisse de importuná-la com picuinhas, vendo que eu não saía do balcão gasto e rabiscado por outros pacientes contribuintes, decidiu me atender.
De volta à rua, tomei consciência da familiaridade que senti, vendo pessoas num ponto de ônibus circular, sob o sol, em pé, senhoras de idade, com suas varizes doídas, senhores curvados, uma gestante suando frio, duas crianças impacientes se digladiando, à espera de uma condução que deveria ter passado há algum tempo por ali, e que, sem cerimônia nenhuma, os recolhe periodicamente, sem horário fixo, sem o pudor de envergonhar-se pelo atraso, pelo desmazelo, pelas freadas bruscas...
Procurando outras coincidências, notei uns mendigos “cuidando” de carros estacionados, uns menores mal encarados na esquina, um outro menor passeando sua vagabundagem numa camionete importada, extravasando sua perplexidade com o som estrondosamente alto, exibindo sua filiação perdulária, talvez a única forma de sentir-se querido, coitadinho... meninos sem destino, por falta ou excesso de regras.
Já findando o dia, saí “de fininho”, desviando dos buracos nas ruas, cuidando dos motoqueiros apressados que tentavam me abalroar, com muita atenção as placas de mão e contramão, as preferenciais ocultas na imaginação de quem as propôs, voltando rapidinho para meu cantinho, porque aqui já conheço os mendigos, os buracos, os menininhos e suas artimanhas, e posso respirar quase tranquilamente, estou em casa.
DAS IMPUDÊNCIAS
José Carlos Rodrigues, assessor de gabinete do ministério da fazenda de Dom Pedro II, que aplicou um golpe falsificando assinatura de seu chefe e sacando grana na boca do caixa. na época foi condenado e fugiu do país, depois foi proclamada a república, que nomeou-o embaixador em Londres, mesmo sendo procurado pela justiça!
Descaramento, impudor, despudor da pior espécie, a que rouba de quem não tem, quando rouba dinheiro público (de todos) rouba a tranqüilidade do abonado e comida do desabonado. A inconsciência do corrupto, e do corruptor, impressiona pela constância de atos ilícitos absolvidos no correr dos anos. Ladrões que roubaram nas décadas passadas estão em plena atividade esquecidos pela repetida ação de novos usurpadores, que encobrem com uma cortina de fumaça os atos passados, com suas estripulias. Quem se lembra do João Alves, dos anões do orçamento? Das falcatruas da LBA de Rosane Collor? Dos 70 bilhões desviados do INCRA? Das bicicletas e guarda-chuvas da Fundação Nacional de Saúde, comprados a preço de automóveis? Das 1.700 toneladas de livros da Fundação de assistência ao Estudante, desviados e vendidos como aparas, enquanto os estudantes chupavam o dedo? Da Central de Medicamentos, com seus carros e seringas descartáveis sumidos? Da ferrovia norte sul, escandalosamente orçada? Do Sistema Marajoara, de capitação de água para o Rio de Janeiro, e seus 800 milhões de dólares de prejuízo? Do Abi-Ackel e suas pedras preciosas? Das contas secretas do Morgan, de milhões em nome de brasileiros ocultos? Dos desfalques no INAMPS? Quase não lembramos dos atores do mensalão, das malas despudoradas, das cuecas recheadas, do vai e vem do Lalau, do vem e vai do Maluf, do Quércia, etc...
A polícia faz sua parte. Focando um período: entre 2003 e 2004 prendeu 245 pessoas, dessas 64 foram a julgamento, e pasmem, DUAS estão presas!! O que os faz imunes? Os processos estão mofando! Por que a justiça não faz justiça, tratando todos como iguais? Os ladrões de ninharias pagam por seus “erros”. Desafio qualquer um visitar uma cadeia, verá que estão superlotadas, e pinçar de lá UM meliante classe A!
Como no clássico Mensalão, o dinheiro sumiu! A polícia os entregou algemados, nós aplaudimos, no dia seguinte estavam soltos, os processos é que estão presos! Milhares de crimes apreciados, 40 pessoas denunciadas, um advogado dizendo que é ficção, -Na Suprema Corte? E como ficam os juizes? A medir pelos trinta anos do processo Paulipetro, daqui a trinta anos os mensaleiros serão julgados? Nem Ali Babá acredita!
www.sergio.donadio@yahoo.com. sergiodonadio.blogspot.com/
CPF 006610319-34
Dados: brasileiro, maior, residente Rua das Garças 500 em Arapongas Pr.Fone 32741087 e 99642745 assinante da Folha, escritor/poeta, quatro livros editados, artigos publicados,
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