sexta-feira, 29 de julho de 2016

Das utopias
Do livro 14 versos

No céu de agosto a nuvenzinha
Passeia a forma de barco a vela
E vai-se, como se por encanto
Viajasse meus sonhos nela.

O que seria da vida, agora,
Se a pudesse viver nesta janela?
Se me fosse novamente aurora
O que faria da vida, aquela?

Já se tornou tremendo esforço
Essa janela para o sonho torto
Como se fora apenas ela

A zarpar em pleno agosto
Levando, mesmo a contragosto,
O encanto da vida, nela.


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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Aos alvoreceres de agosto
Do livro Primários

O frio deixando o inverno
Perambula sóis magoados,
Luas além que se espera...
Tempo fendo amarelados,

Dias rescendo alongados,
Ao sono puxando as horas
Além do antes combinado...
No alvorecer de auroras

O agosto enfrenta o gado,
Morre um toureiro da vez
Por um touro arregrado...

A salsa comina o seu valor,
Ah... Alvoreceres de agosto,
O mês dos bem amados.


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terça-feira, 26 de julho de 2016

Considerações
Do livro Primários
Não há muito mais
O que fazer do tempo...
Levado a sério ou brincado,
Testado na paciência
De um cigarro...
Brotado na experiência
De um escarro...
Não há mais o que prever
Para o amanhã do tempo,
Deixado escorrer
Pelos passados...
Os atuais viventes
Não estão nas ruas,
Trancam-se a sete chaves,
Cercas elétricas,
Mãos engatilhadas...
Os atuais viventes
Morrem um pouco
A cada rajada.
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sábado, 23 de julho de 2016

Tempo de olhar estrelas

Do tempo em que me via criador
Ainda trago essa branda ternura
De saber que o riso põe-se à dor
Ao entorno dessa agora criatura.

Ao tempo em que vigia era amor,
O mesmo, sem essa licenciatura,
Pensando inda ser um professor
Discípulo dessa vã nomenclatura.

O mar profundo espelha estrelas...
Podes crer, há um grande mundo
Abaixo do nosso acanhado mundo

E um outro grande vasto mundo
Acima desse que vivemos mundo,
Assim é que à vista se assemelha.


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sexta-feira, 22 de julho de 2016





Leio no poema


Ao pé dos olhos atentos
Espio a vida pelo veio...
Quando leio o poema
Expio a vida de permeio.

Esta página abriu-se nele
Tantas mazelas, algum zelo...
Olhando os olhos molhados
É impossível não sabê-los.

Segredos ditos à moita
Ao pé dos olhos desatentos.,
Por doer de fato prevê-lo.

Enquanto leio, folheio...
Expia a vida por alguém
Que não veio.













Demudes


O anteontem de mim
Se anima,
Seu futuro calvo e branco

(de um brejo d’alma)
Respira o ar condescendente
Dos amanhãs.

O anteontem de mim
Briga
Pela verdade esquecida.







                        Inerente



A todos os tijolos
Cobertos pelo limo,
Que nos une.

O anteontem de nós
Surpreende-se
Com a amplitude de futuros (incertos)
Redesenhados no note book,
Demudando brejos
Em amanhãs.

















                         A boina


Era quase um estorvo,
De lã para os dias frios,
Tinha-a como
Se tem saudade,
Sem querer.

Sem querer guardá-la
Pelos dias quentes,
Sem pensá-la moda,
Nem era novidade.
Era quase um estorvo...

Nesse frio de rachar
Que falta me faz
A boina e a saudade,
Guardadas a contragosto

No final de agosto.

terça-feira, 19 de julho de 2016



À casa que me visita


A casa que me visita
Não tem muros,
Cerca-me de flores e carinhos,
E eu a esmurro!
Quanto faz que não nos vemos?
Desde quando nos derrubamos,
Pedra a pedra, sentimento à ânimo...
Somos sim, amigos desde esse tempo,
Mas nos destemperamos
Com o tempo vivido acolhendo vias,
Eu as despedindo.
A casa que me visita
Não é a mesma,
O tempo fez-nos diferentes
Nesse siso extremo.





Tempo de olhar estrelas

Do tempo em que me via criador
Ainda trago essa tenra ternura
De saber que o riso põe a dor
Ao termo do agora criatura.

Ao tempo em que vigia era amor,
O mesmo, sem essa licenciatura,
Pensando inda ser um professor
Aluno dessa vã nomenclatura.

O mar profundo espelha estrelas...
Podes crer, há um grande mundo
Abaixo desse nosso mundo

E um outro grande mundo
Acima do que vivemos mundo,
Assim é que se assemelha









Me compram à vista,
Preciso desse prazo
Definido em lista...






A palavra pode ser afago
E pode ser adaga...





 Conclusões da escureza


Todos cantos da casa são escuros.
Todos cantos da criança são rosa...
Por onde anda essa fase inculta,
Que ouve o canto e se conforma?

Eu tinha uns olhos esperançosos
E a vida trouxe-me a questão vital
De como semear pretensas rosas
Entre as pedras soltas do quintal...

Se o canto insiste em cada escuro
Em que o canto não se refaz capaz
De reerguer-se nessa fase inglória?

É que o canto, em canto implora
O som mavioso atravessado muro,
Tornando escuro o tempo rosa.




Destempero

Esse não é bem o lugar
Que escolheria para dar
Ciência de meu desapego
Ao dinheiro... Mas, sigo,

A cena acontece agora,
Nesse teatro ilusionista.
Então, aqui me entrego.
Ao erro em sendo cego?

À paixão de não valorizar
Dinheiros, mas as rações
A suprir minhas fomes,

Outras nos destemperos.
Esse não seria bem lugar
De meu finado desterro.    





A degola


Quando minha mãe
Degolava uma galinha
No quintal, para almoço,
Ela corria uns passos,
Desesperada, até se dar
Conta de perdido a cabeça...
Lendo Maiakovski comparo
As galinhas aos guerreiros,
Degolados nas batalhas,
Correndo ainda até
Se darem conta
De perdido suas cabeças...
Como somos predadores,
Se não de galinhas,
De nós mesmos!







A paz contempla
A inconsciência...



Os queridos que se afastam,
Não se vão...
Apenas sustam suas presenças,
Em vão.





Valores imateriais


Os escritos estão paginados,
Desde sempre,
Nas lápides dos poetas...
Dos sonhadores do mundo...
Dos estetas desorientados
Pela lei dos latifúndios...
Estão na vitória e na derrota,
Da palavra sobre a adaga,
Verve sólida empenhada
Em ser cultura... Em tendo nada!
Que o tempo passou para todos,
Apenas imortalizando a palavra,
Deixando mofar nos túmulos
Os vencedores e os vencidos
Das batalhas sem juízo
Dos canalhas.


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segunda-feira, 18 de julho de 2016

À luz do entendimento
À luz desse entendimento
Incendo em luta o desespero
De saber-me ignaro desse eito:
De onde vem a luminosidade
Qual efemerizo o momento?
Se não nos dermos conta
De quanto valemos na batalha,
Que esperar da manhã relento?
À luz da luminosidade me rendo.
Sei-me capaz, ao mesmo tempo
Integérrimo sei-me lento...
Somos assim presos a nós mesmos,
Sem inimigos, senão a convicção
A lidar com o termo.
Que paz procuras em mim?
Se, insatisfeito viajo aos confins
Desse meu tempo, e volto,
Trazendo à consciência todas
As mortes... Resvalando
No preconceito incestuoso
A pesar-me pronto e esperto
E soberano nessa prosa
A esmo entre as batalhas
E os silêncios? O escuro
Que se faz põe-me à prova
De ser perdedor
De minha própria luta,
À que me rendo, astuto,
E me defendo.
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sábado, 16 de julho de 2016

Primários
Há um sectário
Escondido em meu senso...
Que quer gritar ao vento
A revolta pelo desassossego,
Mas não deixo.
Calo essa espécie de heterônimo
Que se faz fero,
Ao mesmo tempo leso,
Das paixões reprimidas...
Em mim há um outro gritador
Dentro desse desfeito
Que se fez independente
Das posições que minha timidez
Guardou em si...
Nós somos gêmeos idênticos
E nos fazemos veros,
Cada um a seu jeito
Empunhando armas,
Em respeito.
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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Todos os desafios
Todos os dias me desafio
A construir versos concisos
Para um poema melhor...
Como todos nós.
Quando construía casas
Fiz bem isso de uma vez conseguir
Melhorar o mal serviço.
Agora o desafio surreal
É construir com palavras simples
Um intrínseco complexo,
Explicado nisso.
Talvez uma hora dessas consiga
Levantar essa palavra e sentir
Que fiz o meu melhor,
Mesmo que ínfimo.
Aí calarei de novo
E talvez volte a construir
Paredes materializadas sólidas,
Outra vez do nada apruma,
Como se fazem palavras
Em bolhas de espuma.
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domingo, 10 de julho de 2016

Finitudes
Despedida do amigo Jair Carnicelli

Hoje,
Em que a vista já não alcança,
O dia amanhece antes,
A fome se aprimora em sopas
E vitórias...  Hoje...
Que a paz esteja conosco
Nessas horas silenciosas...
Que é preciso entender o silêncio
Das esperas... Hoje...
Que as vidas se reencontram aqui,
Sob um mesmo teto,
Frente à mesma fruteira... Hoje...
O canto é mais sincero,
O pássaro volta na tarde
Com seus apetrechos esperados,
Os pintainhos piam... Hoje...
Que o tempo já não espera
A solidão das horas,
Nesses minutos preciosos
De demora... Hoje...
Tens de ir embora?

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Viés


Aquela pessoa perdeu o medo,
Isso é um perigo quando
Atravessar as pantanosas
Ruas movimentadas, ou desérticas,
For seu degredo.
Por que a pessoa perde o medo,
Se a outra está a amedrontar-se?
E atravessa essa linha imaginária
Do perigo iminente?
Como é essa sobrevida dela
Entre arames e serpentes?
A idade da pessoa a faz madura
Ou dura mais que a verdade
De seus temores?
O que obtém do mal essa pessoa,
Além de também se tornar mau?
Qual o objeto de seu delírio
Se já não teme infortúnios
E semeia verdades?
Aquela pessoa perdeu seu medo
Entre as agruras engendradas puras
Nessa pessoa, antes pura,
Que se fez dura, à idade.

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Eu vim buscar-te...
Buscar-te em mim,
Como se fosse fácil
Achar-te assim...







Neste momento,
Em que anuviam as promessas,
As ações proibidas
Parecem ser as certas.












Agora que as paredes
Estão azuis
Pretendo viajar minhas dores
E deixa-las, uma a uma,
Cada uma em um lugar,
Para que, na volta,
Não peçam socorro
À minha alegria de as deixar
Ao ter ido...
Os idos e as idas
Fazem parte dessa lida,
Parte essencial
Para que as paredes
Se tornem azuis
Em algum momento
De vivido ser-me.






quarta-feira, 6 de julho de 2016

Janelas fechadas
Seres recalcados...
Eles existem!
Na pele de quem rouba
E de quem é roubado.

A violência leva à violência...
Quase apanho quando o digo,
Repetindo o mesmo susto
A cada “menino” preso
Ao crime desorganizado...
Quando vejo esses achaques
De pequenos vergados
Penso em quem amestra
E quem é amestrado...

Seres desumanizados...
Eles existem!
Na pele de quem farda
E de quem é fardado.

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Talvez eu seja
Menos do que sou...
Porque ao ser
Deixo de sorver
O que seria
Se não fosse.







Numerologia


O que dizer
Do número certo?
O que daria certo
Emendado o verbo?


Discípulos de Diógenes

Talvez estejamos diogenesando,
Procurando com lanterna, alguém
Cuja honestidade seja transparente...
Dizendo bom dia às estátuas
Representativas desses procurados...
Vivendo das sobras deles, como o cão,
Servindo a duas bandeiras opostas
Sob o mesmo distrato da verdade...
Talvez estejamos procurando
Algo que a lanterna apague.

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Caminhos


Caminhos pedregosos
Esses da felicidade...
Sangram pés e a alma
Nas contrações do ego...

Singram águas amargas
Na passagem das pontes
Entre o nada e o tudo,
À reversão dos males...

São confessos pecados
Assumidos veros ralos
Na contação dos fatos.

São caminhos vários,
Variados, lesados de
Culpadores passados.






Efemeridades

Sabemos que a felicidade
É sentimento de instante,
Não é alegre nem triste,
É distante...








Toda pessoa, em certa idade,
Vive saudade ou remorso,
Mas não consegue
Viver o esquecimento.











Ouço tiros na madrugada,
Alguns pensam rojões,
Mas não,
São tiros distantes,
Na madrugada...
O silêncio dessa hora
É propício a esse disparate
De tiros a esmo,
De cabeças drogadas.














Desistidos


Todos estão desistindo?
Encontro amigos de infância,
Como estão velhos...
Surdos,
Alquebrados,
Penando dores,
Pensando-as únicas,
Deixando ver suas perebas
Na expressão de cansaço,
Que se desfazem em lágrimas,
De dor ou alegria,
Em suas calças soltas,
Em suas bocas tortas,
Em suas pernas frouxas...
É pena vê-los desistindo,
Desistindo... Desistindo...
A cada passo trôpego.


terça-feira, 5 de julho de 2016

Noticiários


A mente procura consolo
Nas coisas fúteis... (inofensivas)
Ocasião em que os jornais televisivos
Dão um tempo para a propaganda,
Itens sem uso algum,
Mas que são mostrados como imprescindíveis,
Naquele varal de tranqueiras
Sobre a pia da cozinha
Ou dos banheiros,
Tão descartáveis quanto
As notícias de todas mortes, (ofensivas)
Usadas como atrativos válidos
Pelas trambiqueiras...
Passando pela (in)tolerância dos atos,
Dos soldados aos estupradores,
Que as telas mostram como novidade









As coisas e as pessoas,
Que se tornam coisas
Na visão de apartes,
São os astros dessa pantomima
De recados...
Os soldados e os bandidos
Mastigam maçãs enquanto atiram
Nos que passam...
Os soldados e os bandidos
Escrevem bilhetes amorosos
Enquanto lavam o resquício
Do sangue, com sangue dos coitados
Que inadvertidamente
Passam à sua frente
No exaspero do momento.
E ferem a alma com tal desplante
Que nem se sabem chegados
Ou retirantes...







A mão sobre o peito
Está perto do coração...
O mais que foi possível.





Se não sei porque
A pessoa fez o que fez,
Porque vou dizer que
Não deveria ter feito?





.

Sob a visão opaca
O mundo ri do nada,
Alguém tropeça e cai,
Alguém se esguicha água.





Lambrequins

O romantismo externado
Em madeira de lei protegendo
Do destempero do tempo,
Pondo o passado presente...

Janelas fechadas

Seres recalcados...
Eles existem!
Na pele de quem rouba
E de quem é roubado.

A violência leva à violência...
Quase apanho quando o digo,
Repetindo o mesmo susto
A cada “menino” preso
Ao crime desorganizado...
Quando vejo esses achaques
De pequenos vergados
Penso em quem amestra
E quem é amestrado...

Seres desumanizados...
Eles existem!
Na pele de quem farda
E de quem é fardado.





Talvez eu seja
Menos do que sou...
Porque ao ser
Deixo de sorver
O que seria
Se não fosse.







Numerologia


O que dizer
Do número certo?
O que daria certo
Emendado o verbo?


Discípulos de Diógenes

Talvez estejamos diogenesando,
Procurando com lanterna, alguém
Cuja honestidade seja transparente...
Dizendo bom dia às estátuas
Representativas desses procurados...
Vivendo das sobras deles, como o cão,
Servindo a duas bandeiras opostas
Sob o mesmo distrato da verdade...
Talvez estejamos procurando
Algo que a lanterna apague.


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domingo, 3 de julho de 2016


Todos os adeuses
Todos os adeuses
São doloridos...
Mesmo que seja
Um até logo...
Ou o último voo
Para longe...
Todos os adeuses
Ferem a alma,
Descompassada
Pelo momento crucial
De ter-se perdido
Olhares afetuosos,
Os gestos sensuais
Em ofertas de maneios
E sexos ativos acariciados...
Todos os adeuses
São alentes vistos
Pelo retrovisor
Das idas.

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Por esse mundo afora...
Desabafo: à anarquia dos mandatários
Há uma extrema diversidade
Entre os fatos difíceis
E os fáceis...
Por esse mundo em que
Os contendores nascem do nada,
Um pra ser escudo,
Outro, espada.
Por esse mundo
Há um cão bravo, que muito late,
Mas o que mais assusta
É o mudo espionar da cobra.
Por esse mundo há o conto
E o fato,
Onde a mente se desenrola
Em atos,
E o mentiroso a granjear vitórias
Como fora o forte
Em sendo o fraco.
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