quarta-feira, 29 de outubro de 2014



                                              Tempo de manipulações
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) situou a atual taxa de desemprego no Brasil em apenas 5,3% em outubro de 2012 e em 5% em outubro de 2013, mantendo o índice para o momento atual. Só não é menor que da Suíça (3,1%) e Áustria (4,9%). Além do IBGE, há também o índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que situa o desemprego no Brasil em 10,5. Como assim? Quem está certo?  Ninguém está certo! A taxa de desemprego é ainda pior. A metodologia aplicada pelo IBGE é que o senhor que vende bala, o mendigo que pede esmola, são considerados “Trabalhadores Não Remunerados”, porém empregados, é a definição do IBGE. Outro fato interessante, se um indivíduo desiste de procurar emprego, ele não é considerado desempregado, mas “desalentado”, e não entrará no cálculo do índice, nessa conta dos “desalentados” está uma parte dos beneficiados pelo Programa Bolsa Família (PBF) que estão desempregados e decidiram viver do benefício, ao invés de trabalhar, a maioria dos demais beneficiários em mesma situação estão como “Pessoas Não Economicamente Ativas”. Os beneficiários do PBF não entram na conta do desemprego, mesmo que estejam desempregados, mas se estiverem empregados, entram na conta do emprego. Dois pesos e duas medidas. a pessoa não possui emprego, não quer mais trabalhar, é considerada “desalentada”, não afetando a taxa de desemprego. Ou então, não tenho trabalho, mas não sou desempregado. Inclua-se aí, fora de qualquer índice, os chamados “nem nem” jovens que não estão estudando ou trabalhando, mas vivem albergados em suas casas, à custa da família.O Governo conseguiu criar uma nova categoria para substituir o parasitismo. Nessa mesma categoria também entra quem está recebendo seguro-desemprego, pois para o IBGE se está recebendo o seguro, não está desempregado, só “desalentado”, mesmo que não tenha emprego. As pessoas que não estavam trabalhando na semana da pesquisa, mas que trabalharam em algum momento nos 358 dias anteriores e estavam dispostas a deixar o desemprego, consideradas como “Pessoas Marginalmente Ligadas à PEA (População Economicamente Ativa)” e as excluiu do índice (alguns beneficiários do Programa Bolsa Família estão alocados aqui também). De novo, estão desempregadas, mas só porque não gostam disso e querem trabalhar, não são consideradas desempregadas. As pessoas que fazem “bicos” e recebem menos de um salário mínimo são consideradas “empregadas”. Por exemplo, o indivíduo substitui um atendente em um posto de gasolina por um final de semana e recebe R$50 por isso. Mesmo ele tendo trabalhado só dois dias no mês e recebido menos de 10% de um salário mínimo, o IBGE o considera “empregado”. A real taxa de desemprego no Brasil, pessoas desalentadas  desocupadas com rendimento/hora menor que o salário mínimo/hora, marginalmente ligadas à PEA  “trabalhadores” não remunerados, com todos que ficaram de fora do índice o resultado é assustador, ao invés dos 5,% do IBGE e/ou dos 10,5% do DIEESE no mesmo período, temos impressionantes 20,8% de desempregados no país, ou seja, fora do mercado de trabalho, fora da estatística maquiada de um sistema que, além disso, considera classe média apenas pelo critério de renda, indivíduos com renda per capita a partir de R$ 291,00. Pode isso, Arnaldo?!











para voce, amigo
que visita meu blog,
se pesquisar as ofertas 
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de viagens, hotéis, 
caminhos de lazer
e paz para os viajores 
sonhadores... 
agradeço   um abraço

domingo, 26 de outubro de 2014



Caminhos diversos


Caminhamos
Sobre nossas pedras,
Umas agudas,
Outras arredondadas
Pelo tempo pisado nelas...

Caminhamos
Sobre pedras águas,
Pedras terras,
Pedras gentes...
Com elas curtimos
Nossos couros,
Nossas dependências,
Nossas poses, posses,
E inobediências...

Caminhemos pois
 Até bolhar os pés
E a consciência
Eivada de saudade,
Suada de vivências.

Sergiodonadio.blogspot.com

sábado, 25 de outubro de 2014



Bons ventos


O vento fecha minha porta,
As pesquisas se contradizem,
Tomo o refrí sem escaldo...
Apenas espero amanhã
A abertura das urnas,
A grita dos perdedores
Os rojões dos ganhadores...
Mas, como assim?
Só saberemos quem ganhou,
Ou perdeu,
Com a vivência do tempo,
As desilusões de praxe,
As obras inacabadas,
Mas pagas!
O vento fechando a porta
Não isola do mundo de fora,
Apenas diminui a grita.


Sala de esperanças
À menina que entristeceu

O sorriso,
Pendurado na parede,
Amarelece o tempo ensolarado
Em dias chuvosos, entremeio
 Noites escuras, às claras...

O sorriso jaza no quadro
Esmaecido pela memória
De estea-lo menos agora...
O sorriso, que benção,
Existiu em uma hora de louvor
À finura que se retratou bela...
O sorriso esmaece no retrato
Copiando o envelhecido dela,
Que num dia, de véspera,
Deixou-se chorar.

Chegada a mesma
Com seu sorriso apagado:
-Uma xícara de chá?
Aplaca da memória o sorriso,
Amarelecido nela.
                    Sergiodonadio.blogspot.com