todo poema tem endereço
Ao coração de quem vai,
Da alma de quem fica...
No riso que não se desfaz
Na lágrima da alegria...
Na forma desse retrato
A realidade da fantasia,
Vivida em silêncio e euforia.
Todo poema refaz
A face deixada desenhar-se
Nas águas que evaporaram
Nos mares tensos da vida...
O que se fez de chegada
Não se desfaz de partida.
Todo poema costura
O choro da despedida.
domingo, 27 de maio de 2018
quinta-feira, 24 de maio de 2018
O que estou precisando
Não é controvérsia às teorias.
O que estou precisando
Não é esgueirar-se pelas pontas.
O que estou precisando
Não é medir as diferenças...
Mas, concluir das aparências
O miolo podre de vencido.
O que estou precisando
É um canto feito em coral
Com as meninas da escola
E os idosos do sarau
Em confraria de respostas
À lida sem reciclagens.
O que estou precisando
É de ouvir, mais que falar,
Sobre as necessidades
Desse meu povo sofrido
Em meio às malandragens...
O que estou precisando
Não é ser partidário
De um lado politizado,
Mas que unamo-nos à este
Partido, partido em vários.
O que estou precisando
É da ética abandonada
Como filho bastardo
Das promessas esquecidas
Nesse patamar de vários
Contendores dessa lida.
Não é controvérsia às teorias.
O que estou precisando
Não é esgueirar-se pelas pontas.
O que estou precisando
Não é medir as diferenças...
Mas, concluir das aparências
O miolo podre de vencido.
O que estou precisando
É um canto feito em coral
Com as meninas da escola
E os idosos do sarau
Em confraria de respostas
À lida sem reciclagens.
O que estou precisando
É de ouvir, mais que falar,
Sobre as necessidades
Desse meu povo sofrido
Em meio às malandragens...
O que estou precisando
Não é ser partidário
De um lado politizado,
Mas que unamo-nos à este
Partido, partido em vários.
O que estou precisando
É da ética abandonada
Como filho bastardo
Das promessas esquecidas
Nesse patamar de vários
Contendores dessa lida.
sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva.
Incógnita (Portugal)
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores
Editoras: Scortecci, Saraiva.
Incógnita (Portugal)
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores
domingo, 20 de maio de 2018
Da
perspicácia
A chuva é
perspicaz,
Mesmo
depois que cai,
Corre
atrás...
Atravessa
bueiros,
Leva
paredes, pega gente,
Lava, mói,
põe na rua
Sem casa
ou guarda-chuva,
Sem futuro
leva a moldura
Desse
passado sem mobília,
Sem o
rádio que avisa
Da
meteorologia...
Que a
chuva vinha, vinha,
Desabando
as paredes,
A fé,
futuro e fibra.
A chuva é
perspicaz,
Por isso
capaz.
Todos os
dias passados
Todos os
dias assisto
Homem do
lambe-lambe
Expondo
sua persistência
Na praça
da catedral...
Último
retrato fotografado
Nesta
caixa de saudades...
Penso no
romantismo
Daquele
tempo,
Que
imaginava esquecido,
Quando
passa ao largo
Com sua
matraca
O
beijuzeiro que tanto
Assanhava a
gula.
Para
quebrar a nostalgia
Um casal
de noivos
Procura
pelo lambe-lambe
Para
registrar preto e branco
Este
singular momento:
Uma foto
recrudescendo
O tempo.
Eles sabem
o caminho de casa
Esses
meninos, vendendo-se
Em doces,
mutretas e fósforos,
Nessa
esquina desnutrida,
Sabem seu
destino de hoje,
Amanhã
inexiste na desesperança.
O sol se
pondo marcará seu tempo
Nesse fim
de vida em fim de tarde,
Que se
mostra lúcido de sua pseudoliberdade de não ir nem vir
De lugar
algum para lugar nenhum.
Esses
meninos sendo vendidos,
Deixam-se vagar
até mais tarde,
Sabem o
caminho sem casa.
Se os
deixar decidir por si o melhor para suas fomes aduaneiras
Serão uma
vez ainda Senhores
De suas
verdades...
Do momento
mudo em mim
Tem alguém
que fala
Da sorte
de ter-me quieto
Se minha
mente se cala...
Deste
momento, mudo,
A voz se
desprende e estala
No híbrido
entendimento
Do
silêncio lívido
Deste
momento mudo
Saber o
quanto exala
A flor
plantada ontem,
Hoje flor
murchada
Entre o
susto emudecido
E a voz que
se cala
Sempre
comigo
Esta ideia
tosca
De ter me
perdido
Deserticamente
Entre as
fases ricas
E os
pensamentos.
Sempre
comigo
A sensação
de vivido
Cada
momento
Desacontecido
No
silêncio.
Sempre
contigo
O poder da
mente
De juntar
laços
E elementos...
Ter a
visão alerta ao ego
A distar-se
de um cego
A mudez
que te fala
Não há de
haver
Esperança
na sopa rala
Vertida da
concha
Por mera
caridade
quinta-feira, 17 de maio de 2018
O tempo do
corpo
Medido em
anos, meses,
Horas,
minutos,
Tão finito
a cada segundo
Improrrogável...
O tempo do
meu corpo,
O tempo do
teu corpo,
Os nós desenlaçáveis
Que nos
unem...
Tempo corpo,
tempo riso,
À espera pela
dor
Já seria
dolorido,
A nosso juízo.
CONVIDO A VISITAR MINHA PÁGINA
COM VÍDEOS E TEXTOS. Disponíveis
Amazon Kindle, Creatspace
Perse e Clube de Autores
E seus
distribuidores.
A poesia é
feita de sinceridades.
A palavra,
dita ou escrita,
Pode descrever
esta verdade.
A alma é
posta à prova,
A calma é
que reage.
Não se
iluda, querida,
A palavra é
a realidade.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
Desconsolos
Aquela face
Que tive, um dia,
Arvorada de sonhos
E fantasias,
Transforma-se
nessa face
Lívida que o tempo
esculpiu
Nas fases de um
tempo
Levado pelo
tempo...
Fica o fogo
extinto,
Como dizia
Bandeira,
Nesta cinza
fria...
São passados
sentimentos,
Fases que viram a
Cada página
relida...
Quem sabe inda
possa
Reviver a velha
alegria
Desse tempo
sarcástico,
Cansado de ter
sido
Alegre um dia...
Paiol de ideias
Aqui guardo meus
pensares,
Paiol de ideias e
saudades...
Armazeno passados
rentáveis
E imprestáveis
para consumo
Como fora as
tardes
Deixadas ferver em
fogo lento...
Como fora os dias
congelados
Em climas
desérticos...
Mas nada, nada
pode ausentar-se
Desse paiol, sem
culpa.
Paiol de
arrependimentos,
Que não matam,
Mas isolam o senso
dessas horas
Guardadas como
alimento
Dessa alma que se
emola ao tempo...
Paiol das culpas e
desculpas...
Deixadas mofar ao
relento.
O tempo em obras
Estamos pintando o
muro
Ao cheiro velhaco
dessa tinta,
Onde chapisca a
calçada
E odora o ar,
antes puro,
Onde a calçada
divisa a grama
E lhe faz
escura...
Estamos borrando o
dia,
Executando
formigueiros
Onde a calçada
termina;
A aranha moradora
fugiu antes...
Fico aqui, apenas
eu,
A sentir a cabeça
doendo,
O cachorro cruzou
a rua
Sentindo o
indesejável...
Mas, enfim, fica
bonito
Este traço novo na
velha corrente,
Há um tempo
deixada para trás
Pelo navio
viageiro e sua âncora,
Ainda servindo de
estanca
Aos predadores...
Espero que amanhã
renasça
A flor surgida no
cimento...
Ceifada há pouco.
Tu,
Que bem sabes
A direção dos ares
Diga-me
A sorte que tenho
agora
De não despertar a
raiva,
Senão o carinho
Pela tal esperança,
Aquela de em
criança
Pelo
aniversário...
A de agora pela
liberdade
De crê-lo vero.
Este corpo,
Que se desfaz
Em fezes
Na aspereza
Deste dia que
Deves-te...
Na tua forma
De medir o amor
Quanto te amaste?
Limites
“Cada um com seu
cada qual”,
Dizia-se há um
tempo...
Calvários ditam
seus limites,
A dor tem espaço
finito,
Um se acha normal
Quando esquisito,
Outro se sabe
esquisito
Normalmente...
Falo comigo e me
redarguo
Sobre as condições
de,
Quando pego, me
calar
Assustado por me
ter dito
O sincero pensar
ralo...
HÁ, SIM, DIFERENÇA
ENTRE
O BARATO E A
BARATA,
O CIGARRO E A
CIGARRA,
ESTA IDEOLOGIA DE
GÊNEROS...
Neste balaio
guardo
Lembranças e
deslembranças,
Talvez um dia
separe o joio
E prepare o trigo
brunido...
Mens sana
Caminhamos...
E o escuro das
passadas
Funde-se ao pó da
estrada.
Aonde queremos
chegar,
Senão ao cansaço
final?
Todas as letras
são vitais
No bloco amassado
de uso,
Tanto quanto a
respiração
Sussurrada ao mouco
ouvido
Distraído com o
canto longe
De outro pássaro
errante...
Caminhemos pelo
trecho
Onde as águas
mourejam
E o verde caminhe
junto...
Talvez cheguemos
ao fim
De um caminho
florido,
Feito das pedras
ao fundo.
O dia depois da catástrofe
Não faz muito tempo atrás,
algumas pessoas andaram com uma bandeira em fogo ilusório de liberdade, outras
pessoas andaram por aí com fachos desse fogo, de verdade sobre as cinzas
das cinzas e poeira de sua marcha e eles não acreditavam em fazer um barulho... Então eles calmamente se mudaram para os grandes edifícios
abandonados e deles tomaram posse, como seus, e quando as coisas ficaram
difíceis eles fizeram uma oração e se ajoelharam ante a força dos cassetetes, um pequeno braço balançando e um pouco de balança não foi nada de bom, eles mantiveram um direito de dizer a
que vinham, mas todos
saíram e fizeram um pouco menos exigência e muito mais paciência, mal acomodados
em suas barracas, recebendo sua ração diária de “cala boca” Um pouco menos de
levantar e um pouco menos de pensar muito mais e muito mais de esperar... Mas
continuam votando esperando muito, menos
esperando mais demonstrando menos
perolado, mais brigando e muito mais andando até que finalmente ninguém fala
mais, apenas sussurram seu medo e sua desistência frente ao difícil convencimento
de que a promessa passe o dia da eleição e se solidifique na resolução das
necessidades deles, deles e deles... Como final
desta história não é claro para ver que eles finalmente alcançaram, a igualdade? Agora, como você
e eu, eles podem se levantar fortes e livres e
dizer sim senhor e claro
senhor e qualquer coisa que você disser, desde que nos dê o teto prometido, o
direito do suor vencido pelo descanso do dia esperado
Assinar:
Postagens (Atom)