Judas, em hebraico Judá Yehûdâh, que
significa "abençoado" ou "louvado"), era um nome comum na
antiguidade, sendo o nome de apóstolo que mais vezes aparece nos Evangelhos
(vinte vezes) depois do de Simão Pedro.
Caiu em desuso depois da suposta traição a Jesus. Assim são os nomes, há certo
modismo, cada época tem suas preferências, atentando a isso procurei (cultura inútil?)
quais os nomes preferidos dessa geração: Ana e Lucas continuam sendo campeões, seguidos
por Mariana e Marina, Rafael, Felipe, Guilherme e suas variações. Maria e José caíram
em desuso. O tempo recria motivos para nominar filhos com os heróis do momento.
Como cada nome tem seu significado, há de se dar nomes aos bois da presente
confusão judicial, ligando-os aos seus senhores fica um tanto estranho pressagiar
recém nascidos e sua sorte, senão vejamos: Dirceu: pessoa que identifica o perigo. Genuíno: puro,
sem mistura, verdadeiro. Valério: robusto, valente. Roberto: brilhante na
fama... Pela amostra os senhores desses nomes não condizem com o que se
esperava deles. Pejorativamente um nome casou exatamente com o dono: Jacinto
Lamas... Este estava predestinado. Por outro lado, Joaquim: exaltado, estabelecido
por Deus. Parece mais condizente para o momento. Dilma: que ostenta o elmo, proteção
com armadura. Também chega lá... Mas a etimologia não pressagia futuros doutores
salafrários, apenas cria nos pais uma esperança... Quem
sabe um dia os “severinos” possam galgar postos sem enlamear seus predestinados
nomeadores, como Pelópidas, o famoso Paulo Gracindo... ou Ariclenes,o Lima Duarte, e outros que, não se sabe de onde,
trouxeram essa carga pesada ao nascer. Como Armênia Gozza Pinto, senhora que
escondia seu nome no mais secreto aposento de sua alma. Assim somos, nomeados
ao nascer, esperançados de ser.
Somos uma gente
simples de nomes complexos, gostamos de copiar a honra dos heróis, quando
vencedores, e execrar quando perdedores, assim importamos Lincoln, Diego,
Izabella, Giuliano, Thomas, etc... Em lugar de Yara, Jaciara, Juraci, Ubiratã
herdados de nossos índios brasileiros. O que fazer com essa dicotomia? Bem,
entre marias e josés, cachoeiras e cabrais, genuínos e farsantes estão se
espalhando pelas nossas ruas e assembléias... Infelizmente pode se fazer pouco
rotulando pessoas, apenas esperar que honrem seus nomes, sejam eles Armando Pinto
ou Tommazo Buscetta.