domingo, 17 de novembro de 2013

  O Hino Nacional Brasileiro
O poema proclama: 1“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante e o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da Pátria nesse instante” com ênfase ao brado do brasileiro pela liberdade. 2 “Se o penhor desta igualdade conseguimos conquistar com braço forte, em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte!” deixa claro que não foi mansa. 3 o estribilho que ainda hoje vibra: “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!” conclama para o patriotismo, muito avivado à época. 4 “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança à terra desce, se em teu formoso céu, risonho e límpido, a imagem do cruzeiro resplandece.” Este céu emociona a cada vez cantado junto ao poeta. 5 “Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso, e o teu futuro espelha essa grandeza” alguém duvida? 6 “Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada! 7 “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!” 8 “Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo, fulguras, ó Brasil, florão da América,iluminado ao sol do novo mundo!”a beleza é visualizar este cenário ainda hoje. 9 “Do que a terra mais garrida, teus risonhos, lindos campos têm mais flores; nossos bosques têm mais vida, nossa vida no teu seio mais amores” hoje vemos tão garrida é essa terra... 10 “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! Salve!”11 “Brasil, de amor eterno seja símbolo o lábaro que ostentas estrelado, e diga o verde-louro dessa flâmula: Paz no futuro e glória no passado”12 “Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adora, a própria morte” para pensar...13 “Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada!”14 “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!”Alguém duvida? Uma poesia cheia de exclamações, tão necessárias... Quem não o ame, que se retire.
Um dos quatro símbolos oficiais da República, tem música de Francisco Manuel da Silva. compositor, maestro, composta em 1822 chamada de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país. A letra de Joaquim Osório Duque Estrada poeta ensaísta, membro da Academia Brasileira de Letras feita em 1909. Foi adquirida por cinco contos de réis em 22  pelo presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700 de 1971. A música, bastante popular durante anos, recebeu duas letras. A primeira, quando Dom Pedro I abdicou do trono, de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, cantada com a execução do hino, no cais do Largo do Paço, atual Praça 15, a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia: “Os bronzes da tirania/Já no Brasil não rouquejam;/Os monstros que o escravizavam/Já entre nós não vicejam”. No segundo reinado, era executado nas solenidades oficiais, sem a letra. Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino. A letra vencedora não foi aceita pelo público: "Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!..." seria oficializada como Hino da Proclamação da República, e a música original, continuou como hino oficial. em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 22. A partir de 2009, o hino tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país, ao menos uma vez por semana.





O que a vida ensina
A mente apreende...
Seja pelo carinho,
Seja pela dor...
Seja pelos caminhos
De pedras ou perdas...
Será o ganho final
A recompensa que
Estará cicatrizada
Nas rugas e marcas
Do tempo arcado
Em ferro e fogo
Em nossos pensares
Destituídos
De valores.












Religações


No início foi a pedra,
Depois veio Pedro,
Que se fez em perda
Pela cor parda...

Na ascendência dorida
Desse sol de deserto
As manhãs sem brisa,
As tardes sem afeto,

Apenas a dor, a reza,
A fé inquebrantável
Quebrando-se rasa.

No inicio foi a dor,
Que se torna pedra
Por julgar-se Pedro.










Sem duvidamente


Talvez o pecado
mais original
Tenha sido aprender
 A sair da caverna (armário)
E sentir a fresca da realidade
Sobre a terra molhada e sob
A árvore cheia de frutas...

Mais que a cobra, a maçã
É saborosa demais para
Ser pecado...
Talvez o pecado original seja
Ver beleza na nudez de Eva,
E, excitada, ter proposto daí
A cópula...

Talvez ainda o tal pecado
Tenha sido descobrir
O paraíso fora do jardim,
Além dos mares
 E das marés...




Cumplicidades


A noite da ouvidos
Ao silêncio harmonioso,
Agora confraternizam
Florezinhas singelas
Com troncos podres...
A paz advinda do sono
Que desmaia o ser humano
Traduz em harmonia
A convivência.
Apenas os cães se coçam
Das pulgas do dia,
Os espinhos aquietam,
Os gatos ronronam...
O ser humano dorme
E deixa dormir
A natureza.











Personalidades


Há um eu no coletivo
Minando de cada palavra,
Mesmo da não dita,
Apenas pensada dizer-se...
A singularidade de cada um
Espraia-se quando
Absorve os outros eus
Pelos cantos das salas,
Pelas sombras das árvores,
Pelo topo dos formigueiros...
Somos pessoas ou formigas
Passeando e trabalhando
Incansáveis momentos.
Há uma personalidade
Em cada criança nascente,
Em cada ação de mesas,
Em cada fila ao açúcar
Das sobremesas...








Esfinges


A mente com duas vozes
                 Diversas na mesma ossada,
Troncos quebrados por um raio,
Partidos em dois pedaços...
O que somos enquanto esfinges,
Derivando olhares e pensamentos
Para ocasiões diversas
Mas idênticas na base?

O tronco com duas cabeças
Ou a cabeça com dois troncos?
Somos a esfinge, piorando
A sensação de acertados quando
Erramos feio a percepção
Dos acontecidos vários
Entre as mãos decepadas
E os pensamentos...

A boca com duas vozes,
O chicote com dois algozes,
O que seria mais fácil adaptar
Entre membros faltantes?
Talvez uma mente melhor,
Talvez um segundo braço
Atrapalhando o gesto

De adeus.

Pintura contemporânea


Não da pra pintar o mundo
Apenas com as cores escuras
Dos noticiários...
Para colorir essas tramas
É preciso medir a dimensão
Das crianças sobre o fundo
Infinito dessa tela, inacabada.

Há muita cor no sorriso
Da inocência, maior que
 A maledicência dos adultos
E de suas atrozes raivas...

Não da para cuidar cada cena
Sem esperança ou saudade,
Apenas com os conflitos
Momentâneos...
Eles são efêmeros,
Perene é vontade infantil
De colorir com cores vivas
A realidade.





Anjos


Alguém está olhando por nós
Nas frestas do firmamento...
Espiando os atos terminais do ano,
Expiando os atos que se diluem
No tempo passado neutro...

Alguém visualiza nossos pereceres
Desde o firmamento...
Procurando ver o direito
Nos tortuosos acontecimentos
De um dia a mais no tempo.

A névoa veste a madrugada...
É preciso ouvir os sons
Que o escuro esconde nela
Para perceber a diferença
Com o escuro do dia.

A vida agora está mais leve
Sem os calores do sol a pino
E as preocupações
Que abalroaram a nitidez
Das intenções limitadas.







Alguém está olhando por nós
Nas frestas do firmamento...
A vida agora está mais leve
Da pra perceber diferenças
Nos escuros dos dias...

Alguém vigia nossos passos
Enquanto erramos pela aí
E expia nossos pensares,
Ouvindo o reclamar de nós,
Como seus pares.

A noite veste-se para festa,
Termina o ano calendário
Com mais saudade que
Esperança em nós,
Enquanto lares.

Alguém está olhando por nós
No firmamento, entre frestas
De momentos a sós,
E outros desacompanhados
De nós.




                     Para o menino sem seu pai


Você, que está sozinho
Por esta noite, pense
Nas crianças que estão sozinhas
Por uma semana inteira...
Ou por uma vida inteira...

Você que está longe
Da pessoa amada
Por esta noite, pense
Nas pessoas que nem sabem
Onde estão seus amores
Por esta noite,
Por esta semana,
Por uma vida inteira...

Veja que não está só
Se tem um retrato na parede
Vivendo um momento antes
Uma semana antes,
Uma vida inteira antes...


incoexistências


Quando se revoga a promessa,
Uma mão dada em comunhão,
Se rejeita a oferta de um coração
Sem tempo de pensar...
Aí a promessa de companhia
Torna-se solidão.

                      Na ternura  incoexistente
                     O prazer não se sustenta ,
Quando já não há motivos
Inverte-se a razão de estar,
Reverte-se a promessa de ser,
Embora indecididos...

Faz-se escura a luz de antes,
O sol que seria vida queima
A mão que seria afago e
A mente companheira...
Isso posto, faça suas malas,
Acerte seus ponteiros, saia.

A vida a dois só pode quando
A cumplicidade é maior
Que a relevância dos nãos
E a mão esteja firme a cada
Ação da outra mão para
A razão de estar.


A classe dizimada


A que opera máquinas...
A que opera vidas...
A que opera números...
Todas as classes comprimidas
Em suas castas
Levantarão ao ouvir
O chamado para resilir-se.
Diante do pão ázimo
Das fomes outras,
Além da comida.










Furacão


Enquanto a cidade se acaba
O pescador perde seu barco,
O navegador perde seu rumo,
O taxista perde a noção de taxiar,
Uma abelha continua visitando a flor
Como se nada estivesse a acontecer...

Neste dia de acabar-se o mundo
Jovens correm sem rumo pela rua
Desfalcada de sinais e pedras,
Mães procuram crianças nas águas
Das ruas antes passeadas...
A abelha não perde seu tempo.

Neste momento uma cobra nada
Entre amedrontados viajadores e
Passarinhos catam migalhas, cães
Farejam suas dores enquanto
Homens choram a impotência
De segurar essa água bruta...

Enquanto a cidade se acaba
Bêbedos pensam na ressaca,
Pais socorrem-se nos filhos,
A estrada vira mar de lama...
A abelha colhe o pólen
À espera do novo dia.
Na profundeza do tempo


Na profundeza do tempo
Colho notícias dos outros
Que passaram por mim
Em gerações díspares...

Na profundeza do tempo
Procuro as luzes de antes,
De quando via futuros
Na espera de esperança...

Na profundeza do tempo
Encontro motivos afáveis
Para procurar-me sentir
No canto ainda fresco,

Restado o fundo opaco
Dessas lembranças rasas
De horas deliciadas
Da profundeza do tempo.

Retrato de tantos acertos
Entre erros e barricadas,
Apenas ficado à saudade
A profundeza do tempo.



As esperanças


Estou em paz com o passado.
O mundo é rude, mas honesto,
Fora os senhores do juízo,
Vendidos aos senhores do poder
Paralelo...

Estou em paz com o mundo rude
Porque não devo respostas
Aos senhores, nem do juízo,
Nem do poder paralelo,
Afoitos em sepultar.

Estou em paz com a esperança
Que tive por muitos momentos
De minhas vidas...
E com a desesperança
Que me abateu em outros.

Estou em paz com o que passou
Em mim, levando sonhos,
Como vendavais sobre torres
Que não cederam ao crivo,

Estou em pé!
Ludo


O mundo, para alguns,
É um brinquedo grande,
Que não se deve quebrar
Sem mais nem menos.

Para outros pode-se
Jogá-lo pelos cantos,
Usado, abusado, deixado
Sem mais nem menos.

Sem mais nem menos
Inundam a imensa bacia,
Afundam nela os navios,
Os torpedos, os fuzis...

Brinquedos menores
Dentro desse imenso rotor
Trazido de algum lugar,
Jogado em algum lugar...








Cumpliciados


O que digo
É o que as paredes dizem
Em seu silêncio...
Aquele retrato, aquela mancha,
Aquela tomada que se reparte...
É o que digo.

Testemunha de tantos atos
A parede silencia
Mas não cumplicia...
Apenas guarda para si
O assistido pavor da espera
Do depois.














O lagarto


As mãos agarram o deserto,
Esse animal pré-histórico
Conhece seu lugar na casta
De seres rastejantes...

Engole moscas e formigas
Sem prontos contra atacantes,
Olha para mim, sem medo,
Penso, com desprezo,

Vendo minha dificuldade
De agarrar esse deserto,
Lambe comer suas formigas
E esquentar ao sol brabo.

Na hora da manhã se sabe,
Depois da gélida noite,
Esse animal se agarra ao que
Eu não posso, e fujo.





Asas abertas


“Sob as asas estendidas
Da pomba da paz viveremos...”
Procuro chegar a este lugar,
Talvez a este momento

De paz,

 Quando a consciência,
Chamada por alguns religião,
Estará com o lírio da Santa
Espalmando a razão.

Razão de ser e criar,
Recriando geração a geração
Plantando por esperar
A semente do bem.

E sobre meus pensamentos
A asa estendida
Da conscientização
Será bem vinda.








Sei porque estou aqui


Escrevo sobre as desimportâncias
Que, com o tempo,
tornaram-se importantes
Para mim...
Talvez você veja de outra forma,
Mas desimporta a mim a importância
Das coisas importantes quando
Não as posso alterar,
Nem de leve, para mudar
Seu grau de precisão no meu dia a dia.
Escrevo sobre pequenas interações,
Como das moscas rodeando meu prato,
Dos pernilongos rodeando meus braços,
Que não se importam com o doce
De meu prato, mas com o sangue doce
De minhas veias...











As fotos dos lugares


São quase sempre mais bonitas
Que os próprios lugares...
Enganam-me assim a respeito
Das praias lindas nas fotografias,
Das poses eróticas,
Das soluções fáceis,

Provam ao meu olhar
A hegemonia dos paladares
Sobre pratos vermelhos...
Importa o real?
Mas o real quase sempre
É mais feio...





Por que nos calamos?


À voz que grita sua fome
O dedo aponta sua culpa,
A mão espalma sua dor,
O olhar que vê seu passado...
Todas as reações insondadas
Procuram alguma cabeça
Na multidão calada.
Por que nos calamos?

Por que nos calamos?
Se é para nós esse olhar
Acusatório de alienar...
Se é para nós esse dedo
em riste...
Se é para nós esse medo
De não chegar,
Por que nos calamos?










Escusas


A todas as almas
A quem perdi o respeito
Em algum momento do viver,
Peço desculpa.
O que me ressente agora
É o momento de perceber
O impercebível ontem.

Talvez, apenas talvez,
Venhamos a nos encontrar
Entre essas paredes
Dos acontecidos alienados,
Mas, se for assim,
Seremos fiéis ao extinto
Passado.

Chorar é preciso,
Deixar vazar da mente
A primeira emoção...
Aquela não vivida antes
Por falta de percepção
Dos momentos
Na efemeridade de ser.