quinta-feira, 31 de julho de 2014



Do livro Prismas

O princípio da incerteza
dedico aos que se guerreiam

Dessalguemos as palavras ásperas
Que não se tornarão insípidas,
Mas palatáveis à primeira ouvida,
Se docemente ditas... entendidas:

O princípio da incerteza à ciência
É “Que tudo é igual a nada”.Mas,
embora não explique a existência,
Diz não haver precisão de um deus...

O princípio da incerteza para leigos
É que nada é igual a tudo.Explica a
existência na crença a Deus, para a
Boa oxigenação do nosso mundo.

O big bang é uma estruturação lenta
Das bases para a tal sobrevivência?
Dessalguemos a palavra final, afinal
Estamos aqui... sobrevivemos!



Sergio donadio.blogspot.com


canteiros



Nada mais eterno que este momento
Onde dialogam memória e esquecimento...
Quando te fizeste silêncio acordaste o
Assustado pela ausência de uma voz,

Alienados da presença que ocupa o lugar
Dialogam com retratos na parede surda,
Aqui todos tão iguais e tão distantes...
Do sorriso monalisa ao pó da estante.

A dor se solidariza com a morte.
A morbidez se funde à morte,  mas
A solidão se esvai com a morte.

Qual a verdade? O céu não é azul,
A flor não é para ser colhida, ,e enfim,
A morte, não é o fim da vida.  



Sergiodonadio.blogspot.com

quarta-feira, 30 de julho de 2014



Flagrantes


Todos os passos
São levados a sério
Num determinado momento...
As agruras de correr descalços
Sobre brasas,
A frescura de nadar pelados
Em frias águas,
A ventura de poder sorrir
 Dessas mágoas...
Todos os passos
São momentos vividos,
Queira ou não o sentido.






A cadeira


A cadeira é minha arma.
Esperarei sentado nela
Que o outro se canse,
Correndo atrás da coisa
Que vem por si.
As verdades viajam rápido,
As mentiras também,
Mas as mentiras tropeçam
Nesse vai e vem...
A cadeira me da a espera
Para refletir as abstrusidades
De cada vez que se erra.


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segunda-feira, 28 de julho de 2014








Poesia é escrita
Na velocidade do pensamento...
Se demorar, deteriora.









Basta um olhar


Descubro entre sorrisos
E caras fechadas
Que basta um olhar.
Seja do mandatário
Ou da amada,
Seja do professor
Ou do adolescente
E sua raiva,
De todos à volta...
Basta um olhar
Para ter compreendido
O ser que vive
A carranca ou o riso.

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domingo, 27 de julho de 2014



Autofagias
                Sergiodonadio.blospot.com

Você e eu
Somos seres humanos,
Débeis, imprevisíveis,
Sociáveis e selvagens
Ao extremo.

Eu e você
Nos comunicamos.
Mas não nos somos
Amáveis confrontados
Em ser o ser.

Você e você
Se dividem em partes,
Seres carnívoros se
Sangrados pelo outro
Autofágicos.

Eu e eu
Sabemo-nos frágeis,
Mas nos armamos
De pedra e fogo
E insinceridade.