segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O menino fb Definhado Mostra a fome armazenada De dias... meses... Passado horas a fio No fio da espera, O trem chega e parte Cheio de feras... Treme as mãos Pedintes e nem Se sabe credor... Que fome é esta Que agride o olhar Do benfeitor? Um cara bom dedico à memória do passamento do nosso pai Domingos em julho de 1967 fb Meu pai, sempre o cara bom. Foi, mas não se deixou levar. Um dia, inda cedo na sua vida, Contraiu esta moléstia ferina, Que o levou tempos depois... A sua coragem em enfrentar As desavenças da mala-sorte Faria suspirar a última vez Dizendo: tô gelado sim, filha, Mas não tem importância. Frente ao desespero da filha, Que a morte é parte do viver, A parte mais lógica, explicita Talvez a mais merecida... Ou Não, mas a parte mais certa. Nas incertezas de caminhar Ele dizia e provou que, enfim, Chegada sua hora, a coragem Do homem acima do medo Do macho raçudo de antes...

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