quinta-feira, 28 de julho de 2022

 

A mudança dos tempos

                sergiodonadio

Espairecendo pensares íntimos

De tempos idos na memória fraca

Falemos de nós, nossos princípios

De ordem vívida, já alquebrada,

De sonhos idos pela estrada,

De pedras brutas, desamontoadas,

De valores híbridos, desapegados,

De um tempo levado pelos passados

Inerentes às dores discordadas

De valores que se desfizeram

Em rajadas de fortes ventos

Na consciência desavisada...

Que dor é esta, que não se apaga

Nos dias frios das invernadas?

Que força é esta, que não se oprime

Ao som da janela alquebrada

De velhas persianas, deixadas

Em vãos de sonhos desninhados

D’outras forças, já destronadas?

São sonhos lindos, hoje enfeados...

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