domingo, 21 de janeiro de 2024

 

Tempo perdido

 

Estava distraído

E o tempo passou batido,

Sonhava nova aurora

E o dia já ia embora...

Pensava o sonho lindo

Sem saber que era findo,

Depois de somar as horas

Prevejo amargas vitórias

Carregadas de derrotas...

Entre glórias inglórias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O relógio

 

O relógio marca segundos,

Minutos, horas...

Mas não marca as emoções

Desses minutos vazios,

Nem a saudade de outras

Horas...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retornos

 

Não me reconheço vil,

Mesmo que tenha errado,

Nas coisas que sei que errei

Foi com vontade de acertar...

 

Mas não preciso provar

Meus desacertos, sei que

A culpa já é o bastante

Para me desaforar frente

 

Aos julgadores incapazes

De se reconhecerem em mim

Nessas proezas sem fim.

 

Não importa cada intento,

Se quisesse ser eu de novo

Teria de voltar ao ovo...

 

 

 

 

 

 

 

 

heterônimos

 

é preciso esconder

dilações momentâneas

de divagadas ideias

contrárias à hegemonia

em pensares tortos...

assim, quando eu quiser

esconder-me de mim

assinarei por outro eu

que mora em mim...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

momento confessionário

 

de alguma forma

a verdade sempre  chega

à noção de ética...

assim,

ao fim de dias de raiva,

tivemos a paz da chegada

dessa verdade doída,

mas necessária,

Nenhum comentário:

Postar um comentário