quarta-feira, 15 de setembro de 2010

distúrbios


A noite,
realmente disturba
o cão sem dono,
Ele late
para a sombra de uma folha
Que o vento abana...

Mas, que diabo faz esse cão
A esta hora surda,
Procurando espantar folhas
Na muda?

Fico me vendo
neste cão sem dono,
Como eu sem dono, disturbado
E acordado

entre latidos que não dei
E a espera de ainda poder
ladrar ao escuro pra espantar
O susto.

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