terça-feira, 10 de julho de 2012

m cara bom fb Meu pai, sempre o cara bom. Foi, mas não se deixou levar. Um dia, inda cedo na sua vida, Contraiu esta moléstia ferina, Que o levou tempos depois... A sua coragem em enfrentar As desavenças da mala-sorte Faria suspirar a última vez Dizendo: tô gelado sim, filha, Mas não tem importância. Frente ao desespero da filha, Que a morte é parte do viver, A parte mais lógica, explicita Talvez a mais merecida... Ou Não, mas a parte mais certa. Nas incertezas de caminhar Ele dizia e provou que, enfim, Chegada sua hora, a coragem Do homem acima do medo Do macho raçudo de antes... Este foi o pai que convivi, Sem abraços e beijos, mas De um amor rude e sincero, Nas viagens, nas roçadas, Nos portões dos sítios, que Faríamos juntos, eu criança Ele adulto, paciente quando Saí do exame para exército Estava esperando para dizer: Tudo bem? Como a saber, Conformando revide muda, Não precisava de palavras. Este meu pai, me domou Fez-me pai também, antes Orientou-me filho a viver, Que me respeitou pessoa A conviver a extrema hora Como iguais, de mesma fé Este meu pai, um cara bom, A erigir um lar de sua casa.

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