domingo, 7 de outubro de 2012

Ciclos (in)governáveis Comecemos este ciclo de meias verdades: Eleito o próximo burgo desta burguesia façamos as contas das travas à idolatria, quantos votos será preciso para governar as próprias pernas doridas de caminhar Sozinho? Todas as formas de ceder serão visitadas, dos favores prometidos, imerecidos, à disfunção de privilégios, à larga... Assim veremos o zarpar do barco, a baía cheia de “cadáveres” a interromper o passo mal dado. Quem será o mais chegado visitante desse legado? Façamos desse ciclo verdades inteiras, fora das fanfarronices, das bebedeiras... Há ainda pais educando filhos a palmada e filhos dando de ombros à autoridade... Seremos assim cidadãos da palmatória? Vermos assim as pedras desfazerem-se nas ruelas esburacadas? Sermos novamente os bobos desta corte dissimulada? Então, o que seremos agora, abertas as últimas urnas encalacradas desse votatório? Que cartório vai autenticar que eras tu, Cura, o próximo Brutus dessa empreitada? Todas as vezes elegidos foram salvos das denúncias fraudadas, depois contaminados. As más gestões cobram um preço muito alto aos retardatários. Assim como seremos sempre, necessários neste dia, apenas neste. depois desnecessariados... Outra vez o passo manca? Quem será o privilegiado desse legado? Somos uma turba interessante... Olhe bem o sorriso do eleitorado, a promessa em troco da promessa, o voto desmembrado da decência não é voto, é um cabresto desavergonhado. Que é das ruelas esburacadas? Novamente abobalhados votamos na pessoa errada? Então, o que seremos agora, amarfanhados nesse voto, de otários? Pensar que não merecemos tanto... Apenas licenciosidades sobre a mesa e uma espera que não finda cedo tornando velhacos os meninos lesos. Espera aí, senhores, que a história é feita de demoras e sossegos, depois de lufa lufa pelo voto o aviltamento da ética pelo peso. Como serás amanhã cedo, sendo metafórica amanhã o todo sempre neste futuro que encaras à frente. As manhãs dos amanhãs virão caindo pedras desse dominó manchado pela ação de cada dia, derrubadas pela mão do afago. Quem pode garantir estes vindouros dias melhores que o passado? Serás tu, Cura, o pródigo governado? Ou governarás tua cabeça à vida de milhares? Desgraçado é aquele prometido e mal pago. Veremos se a euforia faz sentido depois do amanhã certificado. A plebe que exalta não é mendiga, o burgo deve ser bem governado que a volta da roldana é o perigo atropelando vossas senhorias, se ficarem prostrados em abrigos. Comecemos este ciclo sem meias verdades, eleito o burgo desta burguesia faça conta das travas à idolatria. Terás as pernas que é preciso para caminhares só ao desabrigo? Enquanto as pedras se desfazem, outras caminharão contigo.

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