sexta-feira, 23 de abril de 2021

 

O próximo passo

 

Ao próximo passo

Enfrentar o fim do mundo?

Logo adiante o sono profundo...

Neste arco absurdo de proveitos

Não faça caso do descaso eleito,

Não ouça palavras fora do eixo...

A víbora estrala o rabo e deita

Sobre a inclemência do não fato

E porta-se febril sobre teu leito...

A causa, por perdida, vibra

Uma nova ameaça urdida

No que se faça ardil

Ao que perpassa o sentido vil

Na mesa escassa...

 

 

 

 

O próximo fim de mundo

Rodeia o fato indubitável

De que esta verdade

Não tem passado...

Só vale neste momento,

Depois esgarça...

O chão que se abre ao intento

No sórdido apanhado

É o mesmo prometido razoável,

Antes urdido em falas...

Não faça caso

Desta faca sem mandante,

Pelo acaso...

Não se empolgue com a descrição

De fato inventado...

 

 

 

O próximo fim de mundo

É variável, desvairado

Desde a torre de babel

No conjuntivo erário...

Esperado baú de ouros

Aos rábulas do cenário...

Não faça caso deste acaso,

Suportado a duras dores

Pelo extremo alado

Entre partes indutivas

De anuários ativistas

D’outros hábitos...

 

sergiodonadio

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