sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

 

A cordilheira dos sonhos

 

A cordilheira dos sonhos

Que se ergue

Em nossa esperança

Atrai o inusitado

Poder de barganha...

Troca valores por dinheiros,

A paz pela concorrência

Desabusada...

A cordilheira dos sonhos

Sobeja pilares falsos,

Sem noção do que perde

Em ações predatórias...

A cordilheira dos sonhos

Sobre estacas movediças

Afunda-se nos atos falhos

De parada comezinha...

 

 

 

 

 

Atritos

 

Este atrito

Entre a guerra do gora

E paz do ter sido,

O planejado improviso,

O choque de reviver

A saudade do vivido...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Variantes

 

A variante depende da pedraria

No leito do rio a guiar seu passo,

Assim nos encontramos

Nesta encruzilhada do tempo...

Tempos vorazes e tempos lentos,

Tempos maduros e tempos imaturos,

Cargas pesadas em corpos curvados,

Na encruzilhada nos vemos tontos

Trombando em ofertas e enganos,

Mais socorrer que ser socorridos,

Apenas tentando sorrir aos erros

Perpetrados pela ingerência

De nosso passado em nosso futuro...

A variante depende da pedraria

No leito do rio a guiar seu passo,

Correndo ao sabor do vento

Enfurnado

 

 

 

 

 

 

Nossos fantasmas

Nos acompanham

Desde sempre,

Das manhãs frias

Às tardes quentes...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alguém me disse

Que eu estava certo

Quando eu me achava errado

 

 

 

 

 

 

 

Encanta ver quanta alegria

Pode haver no silêncio...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A flor que murcha renascerá

Numa próxima primavera...

 

 

 

 

 

 

 

As crianças crescem,

Mas nas lembranças

Continuam a trançar

As tranças...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O tempo passa

E se esgarça

Em milhões

De tempinhos...

Irrelevantes?

Mas quando

Se unem

Tornam-se

Avalanches...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que cabe dizer

Nesses fins de anos?

Que, embora passem,

Ficam tamanhos...

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