quinta-feira, 10 de julho de 2014



Quilovates


Os pensamentos de um poeta
Não são mais viçosos
Ou buliçosos
Que os pensamentos de um matemático.

Mas, para o poeta
O rio tem pedras coloridas
Refletindo a luz do sol, ou da lua,
Para o matemático o mesmo rio
 Se traduz em kilowatts.








Sergiodonadio.blogspot.com


Neuma

Aos primeiros pios no ninho
O sol abre seu caminho
Entre as escurezas das nuvens
Fende a madrugada...

Inconcesso, a relação dos fatos,
Inda nubla acorda o pássaro
A noção de tempo e espaço,
Inda madrugada...

Aos poucos aclara ao termo
Na vidraça, a paz de ver surgir
Entre pios e o silvo do vento
Finda madrugada.

Acordes, saudando a plúmbea
Finos avances neumáticos
Entre as plumagens novas
Donde a madrugada?

Seremos agora poetas, todos,
No liminar das cores vivas
No pio e voação dos pássaros
Outra madrugada.

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