sábado, 5 de julho de 2014



Rachas


É preciso dizer que
A mesma coisa não é
A mesma coisa...

Eu andei pelas estradas
Cimentadas, sinalizadas,
Mas nunca foram iguais
Ontem ou depois.
É preciso saber,
E os meninos não sabem,
Que o cimento do trecho
Desfaz-se ao frisson
E os pneus ao peso
Da fissura...
E a fissura é o interstício
Da criatura.
Bobagem? Mas...

A mesma coisa
Não é a mesma coisa
Em outra altura.

Sergiodonadio.blogspot.com



 Sentença
Soneto a seis mãos

Sergio Donadio, Edmilson Magrão e Walter Morais Júnior

Quando é tarde pra poesia
é cedo pra resignação,
é o medo estampado nos olhos
é a vida pedindo perdão...

como areia escorrendo das mãos
e a saudade dizendo que não.
 Tarde pra poesia e
 também para a paixão!

enigma indecifrável para cada ação
 Inexorável movimento  uniforme
embora inalienável decisão

Conforme o atalho ,  o viver
Um disforme espantalho da razão
É areia escorrendo da mão.


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