terça-feira, 1 de dezembro de 2015



Varandas

Nessa tarde
A passagem lenta
Entre o por de sol
E a lua cheia muda
A paisagem intensa.
Nesta tarde
A vida espreita
A vida que ficou à meia...
Nessa e naquela tarde
Os silêncios se encontram
Entre o piscar das folhas
E o fuso horário...
A rolha, a trolha, a molha
De todos os repentes
Se desencontram
Numa tarde assim
Feita de carmins
E alguns retoques...
Nessas mesmas tardes
Em que a vida sobre
Entre outros toques...

Os indigitados


Os indigitados se avivam
Entre as promessas de futuro
E o fato de não ter passado...
As pessoas que tiveram
Céleres fatores encontrados
Divergem dos propósitos
Por motivos vários...
Aqui todos sabem que
O tempo se esgueira entre
Os sonhos ditos nobres
E a realidade ignóbil
De se ter vendido a áspera
Derrota de cada vez
Magoados...







A presença do medo


Em todas as partes,
Em todas as ações,
Nas janelas abertas
À meditação...
A presença dos medos
Estremece estruturas
A parte frágil da criatura,
A parte ágil do meliante,
Diante disso o medo espraia,
A suspeição das presenças
Segue adiante...
Fechadas as janelas,
Baixadas as cortinas,
Feito as cercas elétricas
Forma a segurança...
Insegura.

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle.


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