sexta-feira, 16 de novembro de 2018


Cafifes

Estamos buscando
Um trem para a felicidade
Mas
Ele tem
Muitas paradas...
No esforço das verdades,
No sonho das realidades,
No apito das curvas fechadas...
Estamos esperando
A estação felicidade
Depois das estações
Cafifentas... Vagas.






Historicamente

A história faz a vida,
As estórias confundem-na.
Não existem bichos papões
E fadas malvadas...
Apenas pessoas,
E pessoas são mal interpretadas.
Talvez o carrancudo da esquina
Seja doce na lida diária...
Talvez o homem do saco
Esteja com medo dos meninos
E suas pedradas...
As estórias enfeitam os sonhos
Mas a realidade vive-os
Historicamente.




Valências

Não vale o tempo
Que se perde
Arguindo razões
Por descontento...
(Todos temos razão)
Não vale o tempo
Deixado nas filas e paixões...
(Todos sofremos paixões)
Nada singular que o valha
No tempo perdido,
Achado nas horas dormidas,
Quando o que vale
É a emoção do sentido...





Lembrareis

O hoje é severo demais
Com os ontens...
Não preocupemos com isso,
Não moramos mais lá...
Mas deveria haver mais respeito
Pela memória dos gritos...
Pelos caminhos errados...
Pelos conselhos mal dados,
Ou recebidos...
O que o hoje tão abomina
É não poder ser esquecido.
Mas amanhã,
Quando o hoje se tornar ontem,
Será a mesma crítica miragem,
Quase obscena malandragem,
Sobre o que nos passa, e,
Despercebidamente não vemos
Tal passagem.
Para ter sentido

Todos nós
Seremos somente
Um retrato na parede.
Por isso economizemos
Poses e palavras sutis.
Só emitindo
As com sentimento
E algum sorriso
Disfarçando...



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