segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

 

A vida em tempos de pandemia

Tempos difíceis esses que estamos passando, vendo ceifar vidas de entes queridos, sem ter como reagir, apenas aceitar incidências. Não é a primeira vez que o mundo sofre ataque à imunodeficiência humana. O último susto adveio de dois tipos de retrovírus, causadores da aids. Antes tivemos outras pandemias, com menos capacidade de reação, a vacina contra a malária levou anos para ser comprovada, mas desta vez a ciência está ágil na resposta, deveremos estar imunizados nos próximos meses, enquanto isso, cuidemo-nos na euforia às vésperas de mais um festejo natalino, à distância quero cumprimentar a todos, com sincero desejo de felicidade, mesmo que triste, de saudações, mesmo que ralas. Que todos tentem se aproximar de Jesus, o aniversariante, nesses dias de brindes natalinos, com o coração aberto, mesmo com bolso fechado, comemorando com os seus, mesmo que ausentes, a felicidade de estar fechando um ciclo, se bom que seja repetido, se ruim que seja esquecido. Mas, nesse momento, que tudo seja em prol da paz, entre amigos ou inimigos, e, principalmente entre consanguíneos, que, mesmo atritados por algum motivo, são reais, e não virtualmente, seus melhores pontos de apoio. Às vésperas de mais um ano novo, nesse calendário atropelado pelas adversidades, necessidade de primeiro correr mais, segundo chegar antes. Convido meus concidadãos a repensar, tentando anular a convocação iluminada das vitrines, analisando que o ano novo é precedido de um final de ano velho, que seria recheado de festas, almoços, entregas de presentes, amigos, secretos ou declarados, e acertos das contas. Nesse tempo de virtualidades, é preciso manter os pés no chão, firmes na convicção de que, no final, tudo é concreto demais para abstrair. A vida não é virtual, é real! As dores não são virtuais, o estresse não é virtual... virtual é apenas o virtual, ou seja, o abstrato pode se dar ao luxo de ser virtual, então, essa moçada que cultiva amigos virtuais em detrimento dos amigos reais, da família, que é real, dos conselhos dos mais presentes, que é real, podem se dar mal com a leviandade de se confessar aos virtuais, em vez de os reais, que podem, e que normalmente o fazem, socorrer na hora do tombo real. Às vésperas de um novo ciclo, é preciso energia para espantar os crucificamentos, os dedos apontados para os erros, os pregos em nossas consciências, as cruzes em nossos ombros, e enfrentar as dores com resignação, os louvores com modéstia, e seguir adiante, carregando essa cruz dos deveres diários com o otimismo e até com utopismo, necessários para fazer germinar bons momentos no ano vindouro. Enfim, às vésperas do aniversário de Jesus, lembrar que este é o cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo, segundo as palavras de João Batista, o primeiro a reconhecê-lo como Messias, e não o decepcionar, brindando a data com sinceros votos de bem-aventurança.

 

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