quinta-feira, 6 de junho de 2013

Arredes Por algum cínico aparte A parte visível dos consortes Se expõe e manipula a opinião De outra, mais frágil. São segundos de indecisão E a vida muda, mas sua mudez Denota o interesse roubado À razão. Destarte, o que prega O braço forte equilibrado Pode desequilibrar-se Na outra. Calada, mitigada pelo cisma Levanta os olhos e sabe-se Por algum cínico aparte, Fragilizado Minaretes As torres dos minaretes São lembradas nesta janela, Nas flores apontando o teto Do jardim de inverno, Faz-me uma comparação útil Com construções medievais... Pode ser meu olhar viçado, Mas essas flores trazem vida Nos olhares e paz novidada Nas conversas à mesa, Amenizadas pelo vermelho Cheiroso das flores Espiando da janela, livres Mais que nós, mastigados, Ainda apreendidos na idéia De penar a sobrevivência Dos humores.

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