O tempo
É uma abstração
Do que fazer
Com o que não foi
feito...
Preconceito
Se preocupam
De onde as pessoas
vêm?
Me preocupo
Para onde as
pessoas vão.
Retornos
O tempo começa a
brigar
Com as
intempéries...
O escurecimento da
calçada,
O limo nas beiras podres,
A névoa nas
idéias...
Palavras que
chegam
Desconexas,
As lâmpadas
balançando
Nos beirais
úmidos,
Passeiam sobre a
sobra
Desse tempo brigão.
Uns sonhos que os
ratos
Corroem como queijo,
As mãos trêmulas
já são
Indício da volta
ao berço
De uma alma
atribulada
De defeitos.
Insistências
No mais das vezes
Achamo-nos
perfeitos,
Para logo depois
Enumerar defeitos.
No mais das vezes
Olhamo-nos certos
Para bem depois
Vermo-nos
incertos.
No mais das vezes
Planejamos sonhos
Para ao claro dia
Desfazer utopias.
Assim somos sempre
E sempre serão
outros,
Que no mais das
vezes
Olhamos torto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário