quinta-feira, 2 de janeiro de 2014







O tempo

É uma abstração
Do que fazer
Com o que não foi feito...











Preconceito


Se preocupam
De onde as pessoas vêm?
Me preocupo
Para onde as pessoas vão.






Retornos


O tempo começa a brigar
Com as intempéries...
O escurecimento da calçada,
O limo nas beiras podres,
A névoa nas idéias...

Palavras que chegam
Desconexas,
As lâmpadas balançando
Nos beirais úmidos,
Passeiam sobre a sobra
Desse tempo brigão.

Uns sonhos que os ratos
Corroem como queijo,
As mãos trêmulas já são
Indício da volta ao berço
De uma alma atribulada
De defeitos.











Insistências


No mais das vezes
Achamo-nos perfeitos,
Para logo depois
Enumerar defeitos.

No mais das vezes
Olhamo-nos certos
Para bem depois
Vermo-nos incertos.

No mais das vezes
Planejamos sonhos
Para ao claro dia
Desfazer utopias.

Assim somos sempre
E sempre serão outros,
Que no mais das vezes
Olhamos torto.




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