terça-feira, 28 de junho de 2022

 

Aprendimentos

 

Aprendo a viver cada momento,

Desobstruir todo mal pensamento

Na espera pela volta da esperança

Crendo na palavra feito criança...

 

A lembrança é o susto de ontem,

Revigorado na ascensão de hoje,

Os lassos discorrem à meia idade

A relembrar tropeços em passos

 

Deixados em rastros sangreados 

Sobre pedras pisadas de passados

Em formatos sutis às decepções

 

Dada a desaconselhada cincada

Sofrida nas perpetuações aladas

De asas frágeis à voluta enseada

 

 

 

Tempo de esquecimentos

 

Depois de décadas vividas

Entre paixões sobrepujadas

Esquecer insanos atropelos

É quase erosão ressequida...

 

Aqui somemos os males

Distribuídos em halos

De forras desinibidas...

Tempo de esquecimentos

 

De taxas fósseis das idas

Aos quintais de petrinas

Avoadas de seios ilhados

 

Em torno de nossos atos

Desatados de aços latos

De outras telas revividas

 

 

 

Memórias

 

Me esqueci das palavras que

Tenha dito em épocas furtivas...

De quando em quando alertava

A memória de datas festivas,

 

Mas não lembro desses dados,

Escritos à revelia das verdades,

Hoje dessumidas realidades...

Esqueço do que comi de manhã,

 

Esqueço do que extraí de setas,

Mas deixo minha fraca memória 

Escrita em palavras verdadeiras!

 

A alma não envelhece, suspira

A febre do corpo doente, e reza

A amainar a dor lítica da mente

 

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