segunda-feira, 29 de agosto de 2011

semeadura


Olhando meus descendentes
posso sentir-me, se não eterno, perene entre as perenes vizinhas do jardim
de nossa casa
Em pleno florescer de ramos, e pétalas e sementeando nos quintais vizinhos
nossa semente de bons fluidos,
(ou até maus) mas nossa
Descendência normal de seres
Que ficarão rosando nossa marca de olhos e risos e lágrimas e sentimentos outros
Entre tantos seres, das formigas as flores tensas
De vitalidade entre os leões de verdade e os desaforosos,
Preparados imunes as conjunções das horas,
Doces, amargas, irrelevantes, mas perduradoras de nossa raça, exata de falar das flores
E semear amores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário