quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A vez das coisas

Quando te vês assim,
Dono desse mundo
Em que habitas…
Olha ao redor,
Veja quanta coisa se agita
A seu desprendimento…
As coisas falhas,
As coisas válidas,
As caixas de água ou lixo,
As periferias disso…
Vês quantos independem
De tua presença?
E tu, não fora essas caixas
E guias e águas das chuvas
E falhas das coisas,
O que te valias?


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Reticências


A melhor música
Pode seja o silêncio,
Dou-te esta vírgula
A cada entendimento,
Que falta faria
Se não houvesse pausa
Depois de um xingamento…
Dou-te esta vírgula
Para que entenda
O sentido pávido
Desta sentença…






Voando com meus versos


Quando me vejo,
À uma distância segura,
Me vejo feliz,
E isso é um perigo constante
Para quem olha o mundo
E percebe a miséria do mundo
Em volta…
E não faz nada para mudar
Isso.
Bem,
Todos os versos estão semeados,
Deito-me
A esperar que amadureçam…
Agora
Todos os versos estão cumpridos,
Espero que não apodreçam
Antes de meu corpo,
Abandonado numa campa fria,
Não se preocupem, não estarei lá,
Estarei voando com meus versos…
Voando… Com meus versos…
Sobre todos os senões,
Deixados para trás.
Sem ganhadores


O amor
É esta chama
Que queima ao sol
E nos refresca
À sombra…
Somemos as horas
De amar ou odiar
E chegaremos
Ao final num
Empate.





Meu olhar almeja
O que
Minhas mãos alcançam
Mas
Minhas pernas tremem
E cansam…
Procuro neste palheiro
A agulha que possa coser
O cansaço do corpo inteiro
Ao sonho de verter…
As águas em que navego,
Os suores a que me apego,
O olhar vendo lonjuras
Ao passo da criatura…
Somos parceiros na viagem
Mesmo que desague
Em desventura.






Corrida


A vida não espera
Eu tomar fôlego…
Corre… Corremos…
Guardemos a raiva
Para o amanhã…
Hoje tenho pressa,
Mesmo sem saber
Para onde seguir,
Seguir adiante…




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