quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A difícil tarefa de ver... E calar
Condenam-me por explicitar
Minhas preocupações com o futuro,
nossos descendentes talvez 
Estejam cegos a futuros mandantes,
Mas, as promessas politiqueiras
A cada quatriênio enojam
Pela desfaçatez com que resolvem
Todos os problemas da nação,
Arrastados há anos pelos mesmos
Legisladores de agora salvadores.
Quando? Quando, senhores,
Vão se redimir dessa ofensa
De mancomunar objetivos sórdidos
A politizar a fome de tantos?
Um Poema à Minha Mãe.
Mãe! Alguns vão me condenar
Outros vão tentar me procurar
Serei intimado pelos tribunais
Mas antes disso acontecer, vou falar
Porque já me sinto intimado pelo silêncio
Que me julga dia pois dia, mesmo calado
E sem direito a defesa me condena.
Mãe, lembra quando te falei da política
Disse e repito que todo o político é igual
Quantas promessas receberam na campanha
E qual foi a resposta da vossa confiança
Uma música gravada periodicamente
Para vos cegarem a vista com diálogo.
Mãe, as promessas nascem a cada quinquenal
Para o nosso povo cego e analfabeto
Que mesmo injustiçado ainda aposta neles
Como a mãe tem feito e me obriga a fazer.
Mãe, já leu as leis e decretos, são todos anais
Afectados pelas hemorróides ambiciosas
Para uma sociedade desenformada e pacifica
Na qual também faço parte infelizmente
Porque escrevo, falo e nada vejo a mudar
Senão mortes e sequestros que assisto na Tv.
Mãe, hoje ao recordar as promessas chorou
Não de emoção mas de dor e tristeza
Pois dói saber que no coração de alguém
Cabe todo o Mbique só teoricamente
Porque na prática, só cabe as riquezas do Mbique
Como tenho visto e assistido diariamente.
Sanjo Muchanga

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