sexta-feira, 7 de junho de 2019


Das perenidades
O sonho de cada um,
Sonhos de todos,
Ser feliz para sempre...
- Se nem teve começo
O avesso...
As eternidades fabricadas
A cada gosto?
Se vida fosse isso
O que seria do outro?
As eternidades do efêmero
Socorrem ideias frouxas...
Faz-se do sonho realidade?
Mas o tempo transparece
Em cada face... Rígida,
Esquálida... Famélica...
Em cada ato findo
Nesse infindo de sobras
Do sonhar a esmo
Os sonhos de cada...
Coletivamente.
Pode seja o princípio
De um fim idêntico,
Quando a dor socorre-se
No deslumbramento
E cicatriza o tenso
Sonhar de todos, como
Livremente de cada um
Neste sopro intenso.
O sonho de cada um,
Que se fez do barro, ou do símio,
Este ser que fala
Sem saber do que... Gesticula...
Manipula a própria sinceridade
À dor que desfez a outra dor,
Mais leve,
E que teve por si essa perenidade
Do eterno breve.
O sonho da cada,
Que outro realize,
Já que o tempo é curto
Pra sandice.
sergiodonadio

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