domingo, 17 de abril de 2011

De Pessoa a Vinicius


No vagar desses dias a razão do Pessoa
Sobre a força dos mares aos navegantes,
Que se o propuseram trafegar.
De quando em quando uma ilha,
Promessa de atracar nossas esperas
Na fecunda ociosidade dessas horas.

No vagar, navegar barcos e tripulantes
Com a noção de voltar à terra do antes...
Que esperar desse plaino horizonte?
A espera doutro mar, reto, distante,
Em terras de Espanha, fechadas enseadas
E portos e promessas de vacâncias...

A beleza é sem ser, caro Vinicius,
Que tudo ilude à ótica, e o feio no geral,
Ao olhar pessoal é belo. Iludido?
Talvez pelo instante. Cada rosto lembra
O amarelo pôr do sol, invisível
Ao censo pétrico de narciso.

Que tal superar esse mar de horizontes?
Talvez um novo lar(?) refeito das sobras
De vossas esperanças...talvez o retorno
Do que se quebrou em nossos avós...
Que fizeram o inverso, sem rotas,

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