domingo, 17 de abril de 2011

Navegar é preciso
Dedico aos amigos de viagem 26/03/2011
Estamos a construir empatia
Na presença de novos amigos,
Na ausência dos antigos.
Na calma desse mar novo
A acalmar esses dias,
Na face calma da amada,
Na alusão às alegrias,
No que se faz ocioso
Na ociosidade desses dias.

Estamos a reconstruir empatias
Nos momentos olvidos antes,
Rememorados nesses dias,
De algumas vidas distantes
Da diversidade das vidas,
Na conclusão dos instantes
Como poucas vezes vira.

Estamos a desconstruir manias
De enfatizar o óbvio:
Que é ainda preciso se dar
Valor devido a cada dia,
Levados de mar em mar
De Santos a Barcelona,
Visto da popa tardia
Como se fora outro lugar
O mesmo lugar instante.



Quando se pode superar
As dores, os acalantos,
E, por fim, almejar agora
Os agoras tão distantes,
A reconstruir bases fortes
Aos ausentes tão presentes
Na memória desses antes,
De quando fomos jovens,
E nos fizemos amantes,

E voltar à jovialidade
Daqueles ternos instantes
Reconstruindo nas vidas
Nossos prazeres restantes
Em cada sorriso franco
De cada amigo do dia
Em cada rumo do sextante.

Assim, de passo a passo
Em cada porto um pedaço,
Em cada mesa um riso,
Em cada parceiro um abraço,
Em cada aula uma agenda
Em cada agenda um laço
Que não se desfará no porto
Ou na memória do outro.

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