quinta-feira, 31 de outubro de 2013



Atordoados


Crianças crescendo sob a luz
Dos monitores
Tendem a desconhecer valores
Do sol na manhã, da lua na noite,

Do vai e vem das gangorras...

Pena, poderiam viver melhor
Suas infâncias desinformadas
De como brotam as jabuticabas,
Do gosto das mexericas no pé,

Do vai e vem das gangorras...

Até dos sapos no brejo...
Do brejo as adjacências,
As taboas, as gramas molhadas,
A sensação de liberdade,

Do vai e vem das gangorras...

Perdida nessa perdição
De computar tudo,
Desde a manhã de sol
À noite de lua cheia...

No vai e vem das gangorras.

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