Atordoados
Crianças crescendo
sob a luz
Dos monitores
Tendem a
desconhecer valores
Do sol na manhã,
da lua na noite,
Do vai e vem das
gangorras...
Pena, poderiam
viver melhor
Suas infâncias
desinformadas
De como brotam as
jabuticabas,
Do gosto das mexericas
no pé,
Do vai e vem das
gangorras...
Até dos sapos no
brejo...
Do brejo as
adjacências,
As taboas, as
gramas molhadas,
A sensação de
liberdade,
Do vai e vem das
gangorras...
Perdida nessa
perdição
De computar tudo,
Desde a manhã de
sol
À noite de lua
cheia...
No vai e vem das
gangorras.
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