sábado, 27 de setembro de 2014

Conluio


Minha alma coube neste corpo,
Por isso nos damos bem desde...
Minha alma soube como frisar
Os eixos desse caminhar torto,

Por isso viajamos juntos desde...
Como sorrimos das intempéries,
Como desviamos das tempéries
Que por descuido conflagramos.

Por acaso dos acasos cuidamos
De caminhar sobre as sombras
Que espalhamos, sem tombos.

Minha alma é celeste e firme
Assim nos conhecemos perto
De caber no que nos amamos.






O paladar das ostras


A palavra que coubesse
No que eu disse,
Não chegou a tempo.
Pena que não possamos
Dialogar os termos
Desses momentos...
A palavra não tem entendimento,
Apenas surge
E abocanha as vontades de pensar
A esmo
Sobre o paladar das ostras,
O cheiro da canela em pó...
A palavra é assim soberana,
Não tem dó.









Lições de guerra


Abro a porta,
No ninho os pintainhos
Se calam a medo...
Antes piavam sua fome
Esperando a passarinha
Que não volta cedo...
Abro a porta,
Eles não me sabem
Homem ou gato
Ou percevejo...
De mim tomam cuidado
Do outro tremem medo,
Mas se for o inseto
Seriam eles predadores
E não os predados.

Sergiodonadio.blogspot.com

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