sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Cenário treze
Por causa da ciência
Nos esterilizamos com álcool,
De passar em feridas...
Ou bebido...
O valente que matou o outro valente
Esterilizou-se de tal modo
Que, morreu com a feição
Fazendo bexigas... Como se de festa,
Explodindo a quem chegasse perto.
O álcool bebido cheira mal,
Não como o álcool passado,
Cheira podre, em carne podre,
Como mal cheira podre
Em boca podrida a tanto mole,
Quanto lida... Podre... Podre... Podre...
Sendo preciso frisar tal diferenciação:
Da madame que levou um tiro
Ao milhão de vietnamitas
Na mesma situação.

Cenário catorze
Um milhão de tiros na cara
De vietnamitas é treinamento
De destreza, para depois
Dar um na cara da madame
E sair nos jornais
Em letras litrais...
Podre... Mais que pobre,
É o pobre negociador
Das fomes e das almas
Com a farinha podre para estômagos
E a palavra, podre, à consciência
Podre da cultura podre do senhor
que apodrece dando esmola
Tentando lavar a alma
E livrar-se das pedradas...
Das coisas podres inventadas:
Remédios que deixam doente
O são com dor de estômago,
Seringas com hepatite
Naqueles com anemia...
No trato como destrata
O que lhe parece menos.
Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle.

Nenhum comentário:

Postar um comentário